Roma: «É um momento histórico e muito triste», Alberto Pais

Professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) está na cidade eterna e foi apanhado “de surpresa” com o falecimento do Papa Francisco

Vieram de Bragança, da escola Emídio Garcia, para uma viagem de “finalistas” à cidade eterna. Organizada pela disciplina de EMRC esta iniciativa, que se realiza “há quase uma década”, foi bruscamente alterada pelo anúncio da morte do Papa Francisco.

“Viemos a esta cidade, como sempre fazemos, para assinalar o final do percurso escolar os nossos alunos e possibilitar-lhes o contacto com a cultura, a arte e o religioso dentro daquilo que são as aprendizagens essenciais da disciplina no Secundário”, explica ao EDUCRIS o professor Alberto Pais.

Com regresso a Portugal marcado para hoje, dia 25 de abril, os sessenta e três anos, juntamente com cinco professores, fizeram diversas alterações ao programa pensado tendo em conta “o momento histórico que vivemos”.

“A morte do Papa Franciscos surpreendeu-nos e mudou-nos os planos. Quisemos, unanimemente, estar presentes neste momento que é histórico e muito triste”, reconhece.

Cerca de uma vintena de alunos, assim como os professores, estiveram junto ao corpo do Papa, tendo aguardado mais de uma hora na longa fila que circunda os muros da cidade do Vaticano, lhes prestarem homenagem.

“A cidade está cheia de gente, mas o ambiente estranho. Nota-se muita tristeza nas pessoas. As bandeiras estão ameia haste e não há a alegria habitual na cidade. É impossível ficar distante do que aqui se passa. O papa está em todo o lado, e em qualquer Igreja se assinala a sua morte. As pessoas rezam, cantam, choram. É agridoce”, desenvolve o professor.

Também os alunos se mostram “embrenhados por este espírito” e lembram Francisco como “uma figura muito querida”, capaz “de gerar o diálogo mais improvável” e “muito próximo”.

“Marcou-nos!”, concordam!

“Foi uma figura que marcou e emociona pensar que já não está junto de nós e os próprios alunos e professores manifestam o ser pesar porque é como se costuma dizer: Só Deus sabe o bem que o Papa, até mesmo sem o saber, fez a tantas pessoas e temos essa experiência aqui mesmo no grupo”, revela.

De volta a Portugal, e com praticamente todo o roteiro pedagógico cumprido na cidade eterna, Alberto Pais diz sentir “que falta qualquer coisa”.

“Vamos embora, mas parece que falta qualquer coisa que é a presença do Papa… a audiência geral era ponto alto desta visita”, completa.

Educris|25.04.2025



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