Fátima: «Mais do que com os pés esta peregrinação faz-se com o coração», Leonor Remígio

Estudantes de Educação Moral e Religiosa Católica partilham experiência “única” em nova iniciativa da Escola Secundária de Peniche

Foi a XXXVIII edição de uma peregrinação que a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), da Escola Secundária de Peniche, no Patriarcado de Lisboa ao Santuário de Fátima.

Sob o lema «Ao Encontro da Esperança», a iniciativa, realizada desde 1985, contou este ano com 65 jovens, alunos, antigos alunos e professores da disciplina.

“A peregrinação para mim foi um momento de aprendizagem e reflexão. Foram 4 dias muito intensos e gratificantes”, explica ao EDUCRIS Leonor Remígio, aluna do 10º ano.

Considerando que esta experiência “deu para pensar em muita coisa”, a jovem considera que o caminho ajuda a colocar em perspetiva as prioridades da própria vida.

“Durante o caminho, tive tempo para pensar em muita coisa. Na vida, nos amigos, na família, nos problemas e até nas coisas boas que, às vezes, damos por garantidas. Rezei, refleti, e senti uma paz que nunca tinha sentido antes”, revela.

Para a jovem esta experiência de caminhada “não foi feita com os pés, mas sim com o coração”.

Os dois primeiros dias da peregrinação foram destinados à “caminhada” e os últimos dois dias, já em Fátima, foram “um tempo de descanso e de maior aprofundamento da Mensagem de Fátima”.

Tiago Gonçalves, aluno do 12º ano, participou “pela segunda vez” e revela que a experiência “foi bastante marcante”.

“Bem esta XXXVIII peregrinação a Fátima foi bastante marcante, não só por termos conseguido bater recordes de antigas caminhadas em questão de tempo como também pelo significado que teve para mim”.

Para o aluno finalista a peregrinação deste ano “foi definitivamente mais marcante não só pelos motivos que me levaram a peregrinar como também os motivos que me levaram a não querer sair de Fátima”.

“Quando passava mais tempo sozinho a caminhar ia aproveitando para pensar na vida, no futuro, nos amigos, na família, e até rezar, mas também era nesses momentos que sentia mais dores, mais cansaço foi aí que realmente me apercebi que o que me movia e me tirava as dores era mesmo ajudar e partilhar momentos com os outros, esse foi o maior motivo de ter chegado a Fátima realizado”, desenvolve.

Uma vez em Fátima o tempo foi de “recuperação, convívio e diversão”.

“Senti que ajudar o próximo realmente tem muita força, algo que não é muito comum nos dias que correm, um simples estender o braço ou gritar ‘bora, estamos quase a chegar’ já bastava para nos dar toda a motivação que precisávamos”, completa.

A Peregrinação da Escolas Secundária de Peniche, promovida pela EMRC, é um dos “momentos mais marcantes para quem passa pela ESP, principalmente para os Alunos desta disciplina. É vivida intensamente, com sorrisos, lágrimas, sofrimento, alegria, partilha, testemunhos, uma verdadeira montanha-russa de emoções, conseguindo até mesmo fazer milagres nas vidas e nos corações de cada peregrino”, completa a organização.

Educris|21.04.2025



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