Santarém: «A EMRC pode ser luz importante no caminho dos jovens», D António Augusto Azevedo
Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) destaca “importância de semear a esperança” nas novas gerações
D. António Augusto Azevedo disse hoje que os Encontros Nacionais de EMRC, para alunos do Ensino Secundário (ENES), são uma “aposta ganha” e constituem-se como momento “de reconhecimento da importância da disciplina e do trabalho dos professores”.
“Estes encontros correspondem ao espírito desta disciplina e são uma aposta ganha que permite ser sinal de encontro, de reconhecimento do trabalho dos professores e de agradecimento aos pais que fazem a aposta na inscrição dos seus filhos”, afirmou esta tarde à margem do XIII ENES que decorre até amanhã em Santarém.
Considerando que os jovens de hoje “tem o coração aberto” e que “andam à procura, envoltos em encruzilhadas”, D. António Augusto Azevedo exprime a convicção de que a “EMRC deve ser na escola lugar de esperança”.
“Acreditamos que a disciplina pode ser uma luz importante no seu caminho, uma luz de esperança no futuro. Em ano de Jubileu temos aqui, neste encontro, uma concretização, uma visibilidade muito grande da esperança”, disse.
Oportunidade única num tempo conturbado
Sérgio Martins, coordenador do XIII ENES, afirma que estes dois dias mostram o quão “especial é ser aluno e professor de EMRC”.
“Não viemos a um festival, mas a um encontro. Esta é uma oportunidade única de dizer, num tempo conturbado, que é possível fazer diferente. Queremos acreditar que daqui lançamos novos horizontes de esperança para as escolas em Portugal”, completa.
Com 3100 participantes, de 82 escolas de quase todas as regiões do país, o Funchal trouxe, pela primeira vez, um grupo de alunos da Madeira e de Porto Santo.
“Gosto de EMRC porque nas aulas podemos aprender muitas coisas. Com o nosso professor debatemos, exprimimos os nossos pontos de vista e percebemos o pensamento dos outros. Ganhamos novas perspetivas sobre o mundo e sobre nós mesmos”, explica Mafalda Vasconcelos, que frequenta o 11º ano de escolaridade.
Durante a tarde os alunos participaram em vários ateliers temáticos com exposições de várias instituições educativas e culturais da região e ficaram a conhecer a figura do campino, tão característica desta zona do país. O «Roteiro do Peregrino» levou os alunos a uma viagem pela esperança em tempos incertos no recinto do Centro de Exposições de
“Queremos dar o melhor a esta nova geração. Daqui vão sair os jovens que governarão o nosso país. Temos tido maior procura para estes encontros e acreditamos que isso também tem a ver com o conteúdo que propomos para estas atividades. Temos de encontrar o sabor cristão da vida, mesmo quando tudo parece drama e guerra. A EMRC tem esta missão a de dar sentido quanto tudo parece não ter sentido”.
Durante o dia de amanhã, sábado, os participantes do XIII ENES sobem à cidade de Santarém para uma atividade de descoberta “dos tesouros artísticos, culturais e religiosos de uma cidade que existe ainda antes da nacionalidade”, como explica D. José Traquina, Bispo de Santarém.
“É importante que os nossos jovens saibam que são herdeiros de uma cultura, de um modo de viver, de uma língua e de uma nacionalidade, de um património que importa conhecer, valorizar para poder continuar a evoluir, a fazer caminho”, sintetiza visivelmente satisfeito por ver, pela segunda vez, a Diocese de Santarém receber a iniciativa.