Bragança: «Não podemos perder a IA como facilitador da aprendizagem», Jorge Novo

Professores de EMRC do nordeste transmontano realizam hoje ação de formação sobre o uso das Inteligências Artificiais em sala de aula

Miranda do Douro acolhe hoje uma formação para docentes de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) sobre o tema «metodologias ativas e inteligência artificial na promoção do debate: estratégias inovadoras para a sala de aula do século XXI».

“A IA é hoje uma realidade nas sociedades hodiernas. É fundamental que como docentes alinhemos o passo para não perdermos o comboio neste novo mundo que se abre com os seus prós e os seus contras”, explica ao EDUCRIS Jorge Novo, Diretor do Secretariado Diocesano da EMRC de Bragança-Miranda.

Numa sessão formativa orientada pela mestre Sandra Melro, os docentes vão aprofundar as mais valias da “IA, como ferramenta transformadora no processo de ensino-aprendizagem” e percecionar “a sua mais-valia para a estratégia pedagógica do debate, tão acarinhada pela disciplina de EMRC”.

“A IA pode complementar-se com as nossas metodologias ativas em sala de aula, mas requer, como ferramenta, de aprofundamento didático de modo a gerar uma racionalidade consciente e uma adequação pedagógica, uma reivindicação dos fins humanizadores, em plenitude humana, da Educação”, reforça o responsável.

Numa altura em que o Vaticano divulgou novo documento sobre a IA, onde pede  “aos padres, professores e bispos” um olhar e um conhecimento aprofundado das virtudes e limites da IA na educação, Jorge Novo sustenta que cabe à EMRC este papel de linha da frente na implementação da EMRC em sala de aula.

“Esta formação está alinhada com as aprendizagens essenciais da EMRC, que enaltecem a argumentação, o debate, a análise critica e a comunicação como centrais no processo de ensino-aprendizagem”.

Consciente de que a EMRC dá hoje “um contributo fundamental para que os alunos se tornem pensadores mais críticos, mais fundamentados”, Jorge Novo deseja que os docentes de EMRC formem cidadãos “que sejam capazes de intervier no debate democrático, mesmo entre eles, sobre o que importa e o que não importa, tendo sempre uma perspetiva fundamentada de modo que não sejam manipulados”.

Após a formação, que vai contar com a participação de 17 docentes da região, o diretor do Secretariado diocesano de EMRC, apresenta alguns aspetos sobre legislação, concurso de docentes, condições para lecionar EMRC e atividades da estrutura diocesana e nacional.

A iniciativa decorre no Arquivo Municipal de Miranda do Douro e é promovida pelo CFAEBN em parceria com o Secretariado diocesano de EMRC.

Após o almoço está prevista uma visita cultural ao Barrocal do Douro e à aldeia de Picote.

Educris|01.02.2025



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