Braga: «Temos hoje um desafio de multiculturalidade nas escolas», padre Miguel Rodrigues
Docentes de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) desafiados a “criar pontes” nas escolas
O padre Miguel Rodrigues apontou hoje a “proximidade” como o grande desafio do ano letivo para os professores de EMRC nas escolas da Arquidiocese.
“Temos muitos e bons desafios para este ano letivo mas talvez o da proximidade seja o maior de todos. Fazermo-nos próximos dos que chegam, dos que são diferentes e dos que necessitam de uma palavra, de um conselho, de um apoio”, afirmou perante cerca de centena de meia de docentes de EMRC da Arquidiocese de Braga.
Para o novo responsável pelo Departamento para a Presença da Igreja no Ensino na arquidiocese bracarense, a “multiculturalidade das nossas comunidades educativas” deve estar “sob o cuidado do nosso serviço e da nossa ação nas escolas”.
“Acabámos de escutar o nosso arcebispo dizer-nos que nas visitas pastorais, nas escolas que visita, nota-se quando estamos presentes no próprio ambiente das comunidades. Essa talvez seja uma das nossas mais valias. Onde está o professor de EMRC é muito importante. Neste ano letivo queremos olhar para estas novas realidades como desafios à nossa ação e à nossa disciplina”, desenvolveu.
Apelando a uma “presença significativa” nos vários espaços das escolas, “desde a sala dos professores, passando pelos intervalos e na relação com os alunos, com os pares e com os pais”, o sacerdote pediu “animo e força” para que se “continue a ser voz ativa na comunidade”.
Criemos sinergias com os diferentes atores, dentro e fora das escolas “continuem a ter voz e a mexer junto de associações, com outras organizações, com as paróquias para que a disciplina seja mais forte e chegue mais longe”, apelou.
Apresentando a nova equipa do Departamento, após a saída do padre Ruben Cruz e do professor Pedro Mendes, o padre Miguel Rodrigues agradeceu “o tremendo trabalho de ambos no departamento” e pediu maior proximidade dos docentes.
“Este serviço serve para estarmos juntos. Estamos aqui para vos escutar e, indo às escolas, não o fazemos para inspecionar ou avaliar, mas para ajudar. A nossa presença nas escolas é mais-valia fundamental e que ninguém fique sozinho ou por se sentir só pense que não pode agir para bem das escolas, dos alunos e das suas famílias”, disse.
“A vossa dedicação à comunidade educativa é fundamental. Uma palavra, um gesto… temos de cuidar disto. De outro modo criaremos um ambiente menos positivo. Que marquemos a diferença pelo cuidado dos outros, pela atenção, gerando uma sintonia, e ajudando-nos reciprocamente.
No final da sua intervenção o sacerdote lembrou que “as matrículas acontecem o ano todo. O que criarmos hoje vai repercutir-se ao longo do ano”, completou.