«A EMRC é, para muitos, o único contacto com a dimensão da fé», afirma D. António Augusto Azevedo
Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) destaca “lugar e papel” da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica nas escolas num “momento de viragem”
D. António Augusto Azevedo disse hoje aos responsáveis pelos Secretariados Diocesanos da EMRC que a disciplina é “para muitos, o único contacto com a dimensão da fé”.
“Para toda uma nova geração o contacto, muitas vezes o único que tem com a Igreja, com a ideia de Deus, com a fé é na escola com a disciplina de EMRC”.
Aos responsáveis o presidente da CEECDF lembrou que o papel da disciplina nas escolas não passa por levar “uma visão proselitista”, mas antes de “apresentar o cristianismo, a novidade da fé”, para “permitir que os mais novos entrem em contacto, experimentem esta proposta em diálogo com as ciências, a cultura e a arte”.
“Por vezes a própria Igreja anda desligada da importância da EMRC e da própria escola na formação dos mais novos. Precisamos de revalorizar a escola e a presença dos professores de EMRC deve ajudar neste desejo”, desenvolveu.
Sustentando que este “é um tempo de viragem”, onde a escola “se encontra numa encruzilhada”, o responsável pediu “um novo impulso”.
“O Papa fala-nos da ‘emergência educativa’ para nos despertar. Não podemos ficar na mera repetição e rotina. É importante que a EMRC contribua para a renovação da escola”, pediu.
Professores apaixonados e empenhados
Agradecendo o trabalho dos professores, dos secretariados diocesanos, e do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), D. António Augusto Azevedo partilhou a sua experiência como bispo diocesano.
“Temos um grupo grande de professores apaixonados, qualificados e empenhados na sua missão. Nas visitas que faço vejo que a EMRC desempenha um papel importante nas escolas onde está presente”.
Numa dinâmica que se quer “sinodal”, o prelado exortou a que se ganhe o hábito de “trabalhar em conjunto, provocando sinergias de modo que ninguém se sinta sozinho”.
“Hoje temos de estar preparados para responder às inquietações e linguagens próprias desta geração. A pandemia marcou os adolescentes e é importante continuar o nosso trabalho de renovação de materiais para nos adequarmos ao hoje”, completou.
Participam no encontro, que avalia o ano escolar, cerca de cinco dezenas de responsáveis dos secretariados diocesanos da EMRC.