Novos manuais contaram com o contributo do «Grupo Vita»

Especialistas deram nota positiva aos manuais da disciplina a adotar em 2024/2025

O próximo ano letivo marca a “estreia” de novos manuais da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) para o ensino básico e técnico-profissional.

“Este é mais um passo num calendário apresentado pelo Ministério da Educação e que contempla a introdução de novos manuais no 1º ano de escolaridade, no 5º ano e no ensino técnico-profissional”, explica António Cordeiro, coordenador da disciplina de EMRC no Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC).

Elaborados por “equipas de professores provenientes de várias dioceses de Portugal”, os novos recursos tiveram a preocupação de “refletir o melhor possível a identidade da disciplina, os seus referenciais curriculares” para “servirem bem os diferentes destinatários”.

“Envolvemos professores de várias realidades educativas, diversos consultores para que a riqueza da diversidade de cada um se espelhe nos materiais que criamos. Estamos convencidos que este alargar do olhar sobre a realidade vai trazer riqueza à formação dos nossos alunos”, desenvolve o responsável.

Em 2024/2025 os alunos inscritos nesta disciplina passam a poder adotar o manual «Semente de Girassol», para o 1º ano do ensino básico e «Todos 5», o manual do 5º ano. Previsto para junho está também o primeiro manual da disciplina para o Ensino técnico-profissional.

“Este manual, para alunos do técnico-profissional, levou-nos a um trabalho mais aprofundado pois é o nosso primeiro contributo para esta modalidade de ensino. Estamos num processo mais ponderado e contamos tê-lo disponível em julho para apreciação dos docentes”, explicita António Cordeiro.

Aposta no digital com recursos tridimensionais

Presentes na escola Virtual, do grupo Porto Editora, o novo manual de EMRC do 5º ano vai poder contar com “mais de uma centena de recursos digitais com inclusão, pela primeira vez, da tridimensionalidade”.

Este manual [ndr: do 5º ano de escolaridade] inicia um projeto inovador. Contamos com uma equipa sonhadora que procura aplicar neste ciclo intermédio, onde temos uma grande parte dos alunos inscritos, uma nova linguagem gráfica, mas sobretudo no que é o roteiro pedagógico que espelha o currículo. Propõe-se uma ‘viagem’, pelos diferentes locais do país, onde os mais novos vão conhecer e aprofundar aspetos centrais da cultura, da sociedade, das expressões de fé e da própria vida dos diferentes lugares”, adianta.

Para o 1º ano o desafio passou por “dar corpo a uma ideia que se iniciou, por necessidade de calendário, no 3º ano” e tem agora de “voltar à primeira fase”.

“O primeiro ano é o tempo de iniciação dos alunos à escola e à disciplina. Houve a necessidade de apresentar a disciplina como aquela que desperta para a alegria, o sonho, para os valores, e da relação salutar das crianças uns com os outros”, completa.

Grupo Vita envolvido no processo de revisão e com “nota positiva”

No processo de revisão dos novos manuais da disciplina, e fruto de um trabalho de cooperação entre o SNEC e o «Grupo Vita», que visa “capacitar os professores para o cuidado e proteção de menores em contexto escolar”, vários elementos deste organismo independente deram “nota muito positiva” aos novos manuais.

“Pareceu-nos necessário, a determinada altura deste processo, envolvermos estes especialistas em questões sensíveis e que podem escapar aos docentes. Recebemos um ‘excelente’ da parte do grupo Vita, e isso alegra-nos pois estamos em linha com a pedagogia própria destas idades e com aquilo que deve ser refletido em termos psicoafectivos e de cuidado”, completa o responsável.

O Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) agradece aos “Secretariados Diocesanos da EMRC, aos professores e equipas de reelaboração de manuais” todos o trabalho realizado e “congratula-se pelo modo como todos tem vindo a acolher os diversos desafios propostos”.

“O desafio de hoje passa por que todos vejamos na adoção de manuais um direito que assiste antes de mais aos alunos e às famílias, e o olhemos como um instrumento de trabalho, um apoio, para o trabalho junto dos seus alunos”, completa.

Educris|07.05.2024



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