XII ENES: «A EMRC dá um contributo insubstituível à educação», D. António Augusto Azevedo

Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé destacou contributo de “humanismo” e “aprofundamento das questões fundamentais” numa disciplina que “marca as escolas

D. António Augusto Azevedo afirmou que a Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) é uma disciplina “especial” na escola e destacou “o seu importante contributo” na formação das novas gerações.

“Esta disciplina acaba por ser, digamos, especial, pois é diferente com a marca católica. Esta marca permite que os jovens, nesta idade, sejam capazes de refletir e aprofundar temáticas que são decisivas no seu crescimento”.

À margem do XII Encontro Nacional de EMRC para os alunos do Ensino Secundário, que decorreu em Bragança, o prelado considerou que “se queremos um ensino de qualidade nas várias matérias, para termos gente bem preparada a ‘Moral’ fornece um conjunto de possibilidades que são essenciais”.

“Seja o contributo dentro de sala de aula, seja no conjunto da escola como este encontro confirma. Tem um grande contributo a dar de humanismo, de cultura, de aprofundamento das questões essenciais. Esse é um contributo insubstituível”, completou.

Uma iniciativa que congregou toda a comunidade local

No início da iniciativa, promovida pelo Secretariado Nacional da Educação Cristã, através da equipa nacional da EMRC, o professor Jorge Novo deu conta “do sonho” que foi “trazer o Encontro Nacional à cidade de Bragança”.

“Sonhámos muito esta festa e hoje os sonhos viraram felicidade e estão a realizar felicidade”, apontou visivelmente satisfeito pela autêntica “invasão” que os alunos de EMRC, de 76 agrupamentos de escolas, fizeram à capital do nordeste transmontano.

“Este encontro resulta de um congregar de todas as vontades: da Câmara, Juntas de Freguesia, Museus, Instituto Politécnico de Bragança, Comunidade Intermunicipal, empresários e associações que quiseram trazer aos alunos o melhor desta região. Bragança não só está a cumprir o lema «Entre quem é», mas hoje é um espaço de acolhimento para a EMRC”, afirmou.

O Bispo local, D. Nuno Almeida, presenteou os alunos com uma canção mensagem e sustentou que o encontro “é como que um eco da Jornada Mundial da Juventude”.

“É com muita alegria e gratidão vejo esta ‘invasão’ de uma onda jovem. Foi quase como que um eco da JMJ. Para a diocese de Bragança-Miranda e para a cidade de Bragança, receber, partilhar os mesmos valores e mesma esperança é um momento muito feliz", destacou.

Um itinerário dos sentidos com apelos à paz

Ao longo de dois dias o mote do Encontro «Eco(s) do Coração, deu aos alunos a oportunidade de percorrer “um itinerário dos sentidos”.

“A escola, é um lugar, por excelência, de construir o futuro. Enquanto disciplina de EMRC quisemos apostar na dimensão do coração e nos sentidos”, referiu Fernando Moita, diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC).

Para o responsável nacional a disciplina “ajuda a desbravar o futuro” pois permite “conhecermo-nos melhor e a ter os valores estruturantes da pessoa humana: A amizade, o perdão, a capacidade de perdoar”.

“Nestes tempos de guerras a EMRC ajuda-nos a sonhar e perspetivar o futuro”, disse ao recordar o momento em que os alunos acenderam uma vela na cidadela da cidade.

“O gesto da luz, que fizemos ontem pretendeu significar que a paz é possível. A disciplina ajuda a formar a pessoa no seu todo”, reforçou.

No final do encontro os responsáveis da EMRC fizeram um balanço positivo desta que foi mais uma oportunidade de “explorar os vários sentidos humanos” e que procurou "ajudar os alunos a alargar os seus horizontes”.

“Quisemos que fosse uma experiência verdadeiramente significativa. Que eles sentissem com todos os sentidos o que temos para oferecer e as pessoas tem para oferecer”, disse Sérgio Martins, Equipa Nacional da EMRC.

António Cordeiro, coordenador da EMRC no SNEC considerou que a iniciativa procurou “levar os alunos a fazer uma experiência de sair de si, estar com os outros, caminhar, explorar os vários sentidos humanos, e sobretudo, que em tudo o que se faça, tudo o que façam, ouçam o gosto da vida e um sentido mais amplo e mais alto”.

Educris|15.04.2024



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