Programa Ecclesia acolheu membros da equipa nacional da disciplina e deu a conhecer os projetos que assinala a “Liberdade” no contexto do 50º aniversário do 25 de abril de 1974
Os professores Jorge Novo e Carlos Meneses Moreira, estiveram esta semana à conversa com o jornalista Paulo Rocha, da Agência ECCLESIA, na rubrica «A Fé dos Homens», da RTP2.
A ocasião foi oportunidade para apresentar a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) como “lugar de liberdade” desde o ato de matrícula.
“Não há disciplina mais livre que a EMRC que começa desde logo no ato de matrícula porque o próprio aluno, sendo uma disciplina de oferta obrigatória, mas facultativa na opção, o próprio aluno exerce a sua liberdade de a frequentar ou não”, afirmou Jorge Novo.
O responsável pela dinamização da Semana Nacional da EMRC, que este ano se assinala de 27 a 31 de maio, considerou que a disciplina tem “um claro e elevado valor educativo”, porque se “orienta para formar personalidades ricas em interioridade, abertas aos valores da justiça, da fraternidade, da paz”, e proporciona ao aluno “a vivência da liberdade, a liberdade mais do que uma teoria, mais do que um pensamento, a liberdade vivida e vivenciada no ser”.
Partindo da Liberdade como “matriz da identidade de EMRC”, Jorge Novo, deu conta de várias iniciativas que estão já em desenvolvimento.
Liberdade XPTO: Uma revolução
Carlos Meneses Moreira, membro da equipa nacional da EMRC, levou ao programa o projeto «Liberdade XPTO: Uma revolução».
A iniciativa, nascida da feliz ideia “de cinco docentes de EMRC da diocese do Porto” e inspirados pelo “legado de D. António Ferreira Gomes”, apresenta, de um modo “lúdico”, um conjunto de temáticas que vão percorrendo os diversos anos de escolaridade e que intercepta diversas temáticas relacionadas com esta vivência da liberdade”.
“Com este concurso podemos trabalhar com os alunos toda esta temática da liberdade a nível do próprio exercício político e social”, indicou Carlos Meneses Moreira.
A partir da aplicação ‘Quizziz’ os alunos, do 2º ciclo ao ensino secundário, aprofundam e tomam conhecimento de um conjunto “de conteúdos que são caros ao programa de EMRC e às Aprendizagens Essenciais da disciplina” de modo “lúdico”.
“De modo sequencial, e com maior aprofundamento, é possível estudar acerca da questão da Liberdade, parte da conceção da mesma expressa na Doutrina Social da Igreja (DSI) que muito contribuiu para a nossa ideia de liberdade e democracia, nomeadamente em Portugal”, considerou.
A ideia inicial conta já com cerca de 35 agrupamentos de escolas participantes, de 15 dioceses, e encontra-se na sua fase escolar. Segue-se a fase diocesana, a interdiocesana e a final interdiocesana.
“Contamos, para já, com cerca de 300 alunos a participar. Ainda é possível a inscrição devendo os docentes “inscrever-se junto do Secretariado Diocesano da EMRC do Porto”, de modo a terem acesso ao ‘link do aplicativo’ e começarem o concurso, completou.