Vila Real: «Aqui a EMRC é uma realidade significativa para os projetos das Escolas», Paulo Magalhães

Novo subdiretor do Secretariado diocesano da Educação Cristã alegra-se com a presença da disciplina em “todos os agrupamentos de escolas” da região transmontana e traça os objetivos para o presente ano letivo

Paulo Magalhães, professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) em Vila Real, é desde julho passado o novo subdiretor do Secretariado Diocesano da Educação Cristã de Vila Real (SDEC-Vila Real).

Numa equipa alargada aos vários setores da Educação Cristã e liderada pelo padre Márcio Martins, o grande objetivo do ano passa por “estar perto de professores e escolas” procurando “aprofundar o conhecimento da realidade no terreno” e gerando “redes de proximidade”.

“O convite surgiu e aceitei-o como forma de agradecer o que a Igreja já me deu, e dá, em termos de formação. É um desafio, mesmo que por vezes pensemos ser mais confortável permanecer na escola, no que já conhecemos, com a certeza de que Jesus pede sempre um pouco mais de nós”, explica Paulo Magalhães.

Com “37 professores de EMRC” a lecionar nas escolas da área geográfica da diocese de Vila Real, o novo responsável dá conta de “uma realidade bastante positiva” com destaque “para a boa implementação junto das escolas e dos alunos”.

“Somos uma diocese grande, com 37 professores e a presença em todos os agrupamentos da diocese, mas ao mesmo tempo somos pequenos quando olhamos para outras realidades. Estamos presentes em todos os agrupamentos e contamos, em termos estatísticos, com uma percentagem muito interessante de alunos que dizem ‘sim’ à EMRC”.

Numa equipa dedicada à EMRC e que conta com os professores Alexandre Caetano e Pedro Barroso, o novo responsável quer primeiro “conhecer a realidade” e melhorar a “orgânica interna do proprio serviço”.

“Queremos conhecer a realidade ao máximo e beneficiar dos dados e dos trabalhos realizados pela equipa anterior. Queremos fazer uma análise aprofundada para perceber como melhorar a expressão da disciplina na diocese. Partindo de uma realidade que é boa vamos procurar operacionalizar melhor o proprio secretariado, em termos administrativos, nesta fase de transição”, desenvolve.

A EMRC é contributo relevante nos projetos Educativos

Para o presente ano letivo Paulo Magalhães a aposta passa por “desenvolver ações que potenciem o encontro entre alunos, professores e comunidade educativa”.

“Acreditamos que a EMRC é importante. Acreditamos que os nossos docentes são importantes, e estamos conscientes do contributo da disciplina nos projetos educativos dos diversos agrupamentos. Assim vamos aprofundar o projeto «Familia Durão», que vai ligar online e presencialmente os diferentes agrupamentos de escolas e que está na linha da Nota Pastoral para esta Semana Nacional da Educação Cristã”.

Pretendendo desenvolver “ações com alto valor pedagógico”, nos diferentes agrupamentos de Escolas, Paulo Magalhães dá conta de que o projeto «Família Durão» se destina “a todos”, sendo aberto até “às famílias e alunos que não frequentam a disciplina”.

“A EMRC é para todos, e este é apenas mais um modo de ajudar a escola e as famílias na formação das crianças”, completa.

Mais trabalho em rede e presença no Encontro Nacional do 1º Ciclo

No passado sábado, em Vila Real, 25 professores de EMRC estiveram reunidos em assembleia geral.

Para lá das informações de carácter geral, o SDEC anunciou a intenção de participação no Encontro Nacional do 1º ciclo e no Encontro Nacional do Ensino Secundário, que este ano se realiza em Bragança.

“Temos já a tradição e participar no Encontro de alunos de Secundário. Este ano temos esta intenção, até por que queremos ir a Bragança. Para além disso aceitámos e lançámos o desafio de participar no Interescolas nacional do 1º ciclo. Penso que vamos, pela primeira vez, contar com alunos do 1º ciclo em Fátima”, afirma o responsável.

Após um “balanço positivo” da experiência do «Cáritas na Escola» na edição 2022/2023, a intenção dos docentes de EMRC de Vila Real passa por “alargar a experiência a mais escolas” tendo em conta “a reação muito positiva” que provocou nas “comunidades educativas onde se fez presente”.

Ainda “em local secreto” está o próximo Encontro Diocesano dos alunos de EMRC” enquanto se aguarda “pela colocação de novo docente” nas escolas da região.

“Acredito que a EMRC é bonita e importante. Temos alguma falta de professores, e já o sentimos aqui. Aguardamos a colocação de um professor para um horário que ainda não está preenchido, mas temos uma disciplina que tem muito para oferecer e que se tem conseguido atualizar para apresentar uma experiência pedagógica significativa para os alunos. As famílias perceberem bem o que é a EMRC e sabem das mais valias de a frequentar em contexto escolar”.

Numa reunião onde marcaram presença o professor Fernando Moita, diretor do SNEC, António Cordeiro e Dimas Pedrinho, do departamento da EMRC no Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), Paulo Magalhães mostra-se “esperançado” pelos “passos que a disciplina tem vida a dar, quer na revisão dos manuais quer na aposta no digital”.

“São tudo sinais da vitalidade da disciplina e permitem-nos apostar em metodologias ativas que trazem mais valias importantes nas aprendizagens dos alunos”.

Consciente que de “os tempos são de grandes desafios”, o novo responsável mostra-se “confiante” e reafirma a importância de uma ligação “entre escola, família e parceiros sociais”, como pedem os bispos portugueses na Nota Pastoral.

“É nesta ligação que a EMRC tem de crescer e efetivar a sua proposta”, completa.

Educris|03.10.2023



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