Açores: Professores refletiram sobre «desafios à disciplina de EMRC»

Encontro, promovido pelo Departamento de Apoio à Pastoral Escolar dos Açores (SDAPE), contou com a participação dos responsáveis nacionais da disciplina

Cerca de trinta professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), que lecionam na ilha de São Miguel, e mais uma dezena nas outras ilhas (Terceira, São Jorge e Pico), participaram numa reunião presencial e online onde analisaram a “realidade e os desafios do ensino da EMRC nos Açores”.

“Foi uma reunião marcada pela simplicidade e pela gratidão aos professores e também à equipa nacional onde debatemos muito a questão dos manuais digitais que está em curso de forma que esta disciplina evolua neste capítulo como todas as outras nas escolas”, adiantou ao portal Igreja Açores, o professor Bento Aguiar, do Serviço Diocesano de Apoio às Pastoral Escolar.

A formação teve início com uma reflexão do padre Adriano Borges, diretor do SDPAE, sob o tema «Realidade e Desafios da EMRC, nos Açores».

Do departamento da EMRC, no Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), o professor Dimas Pedrinho fez o «Enquadramento da EMRC no quadro legislativo atual».

O diretor do SNEC, professor Fernando Moita, e António Cordeiro, coordenador do Departamento da EMRC no SNEC, apresentaram o tema «Enquadramento da EMRC no contexto nacional: Desafios e Oportunidades».

Nos Açores a disciplina é “lecionada em todas as escolas da região, incluindo algumas escolas de formação profissional, já que o Corvo, a única ilha que não oferecia, este ano teve seis alunos inscritos com professor”.

No arquipélago a oferta da disciplina é de “cem por centro” tendo, este ano, novos 18 professores, devidamente “profissionalizados no grupo 290 e que reúnem as condições para manter e consolidar a proposta da disciplina nas escolas da região autónoma”.

Fazendo eco da mensagem da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (SNEC), para a Semana Nacional da Educação Cristã 2022, os responsáveis lembraram que a Igreja apelou a uma “aliança educativa” alargada, que envolvesse as instituições ou associações implicadas, incluindo as famílias, escolas, instituições católicas e da sociedade civil.

“Numa cultura globalizada e complexa, alcançaremos melhor os frutos desejados se os educadores cristãos trabalharem unidos e conjugarem os seus esforços, sem se isolarem no seu grupo ou na sua área pastoral”, referia então a CEECDF numa nota sob o tema «O Educador Cristão um guia no caminho».

Nela os bispos da Comissão afirmam que “o educador cristão é chamado a acompanhar o seu grupo, fazendo-se presente e estando disponível para animar a participação concertada dos vários intervenientes da Educação”.

Trata-se de “ensinar a amar, pois o individualismo e o egoísmo marcam o nosso tempo e a nossa cultura. Mostram-se como o caminho largo do êxito e das vantagens pessoais, mas fecham a pessoa em si mesma e no seu bem individual”, completa a nota.

A lei que rege o sistema educativo português prevê, desde a sua revisão matricial de 2019/2020, a inclusão da oferta obrigatória da disciplina curricular de Educação Moral e Religiosa Católica do Ensino Básico ao Secundário (Decreto-Lei nº 55/2018, de 6 de julho).

Seguindo o calendário de adoção dos novos manuais a disciplina de EMRC adotou, no presenta ano letivo, os manuais “Ao Encontro”, para o 3º ano de escolaridade; “Queremos Descobrir!”, para o 8º ano, e três unidades letivas para ensino secundário: “Civilização do Amor”, “Religião: Diversidade e Encontro” e “Ciência e Religião”.

Imagem: Igreja Açores

Educris|11.12.2022



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