Fátima: «A aula de EMRC ensina-nos a acolher os outros», D. José Ornelas

Prelado desafiou alunos do 1º ciclo a “fazerem-se próximos” dos que mais precisam e evocou drama da guerra na Ucrânia

D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, convidou os alunos, na passada sexta-feira, a “estarem atentos aos outros” e a “não deixar ninguém sozinho”.

“A vida toda, mesmo nas horas tristes, é importante saber que não estamos sós. Temos gente que cuida. É importante que cuidemos uns dos outros. Não é difícil! Quando encontramos alguém, também na escola, que está triste, aproximemo-nos!”, desafiou.

Aos cerca de cinco mil alunos, que se reuniram na 20ª edição do Encontro Interescolas para alunos de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) do 1º ciclo, o prelado recordou o modo como os acontecimentos da Cova da Iria remetem para uma ética do cuidado.

“Também aqui, neste mesmo lugar, Maria não deixou os pastorinhos sozinhos. Por seis vezes veio para lhes dizer que estava sempre com eles, mesmo quando não a viam. Maria veio colocar essa estrela no nosso coração. Para dizer que mesmo quando nos sentimos só ela está connosco, aquece o coração por dentro”.

Após uma encenação do episódio, conhecido como do ‘bom samaritano’, a cargo dos alunos do Colégio de São Miguel, em Fátima, D. José Ornelas reforçou a ideia de que "Jesus afirma, aos seus conterrâneos, que a maneira de ir para o Céu é cuidar dos outros".

“Vieram perguntar a Jesus sobre o que era preciso para ir para o Céu. Jesus disse-lhes que devem cuidar uns dos outros”, precisou.

Evocando a guerra na Ucrânia, e os muitos “meninos e meninas” acolhidos nas escolas portuguesas, o também presidente da CEP desafiou os mais novos a “acolher e ajudar” os colegas.

“Temos que ser, mesmo na guerra, aqueles que ajudam os outros para que ninguém fique sozinho e triste. Para que possamos fazer o que fez o samaritano, na história de Jesus. Ele era estrangeiro, mas sentiu a dor daquele homem. Os meninos e meninas da Ucrânia vêm tristes. Muitos perderam a casa e deixaram para trás outros amigos e os pais. Temos de ser aqueles que estendem a mão, que não deixam sozinhos. É preciso acolher sempre bem!”, concluiu.

Educris|30.05.2022



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