Braga: «Estas instituições são marco importante», D. José Cordeiro
Arcebispo de Braga instituiu, no passado sábado, três mulheres leigas nos ministérios de catequista, leitor e acólito
D. José Cordeiro disse hoje que a instituição de três fiéis leigas é parte “do caminho sinodal que esta igreja, que peregrina em Braga, tem vindo a realizar”.
“Este é o caminho de uma igreja sinodal e missionária que se vai deixando inspirar pelo Espírito que desperta nas comunidades vários dons e carismas”, explicou ao EDUCRIS.
No final do I Encontro Arquidiocesano da Pastoral Litúrgica, que decorreu este fim de semana e que contou com mais de cinco centenas de responsáveis dos diferentes arciprestados, D. José Cordeiro diz ter sido “uma feliz coincidência” a instituição “de três mulheres, quais primeiras testemunhas da ressurreição”.
“Estas instituições nascem de um processo de discernimento que efetuámos como Arquidiocese. São servidoras do Servidor destinadas para a catequese, liturgia e acólitos”, desenvolve.
Fátima Castro, catequista, Nazaré Dantas, leitora e Madalena Faria, acólita, foram as leigas que acederam aos diferentes ministérios laicais.
“Esta nota sintetiza e aplica o documento que a Conferência Episcopal Portuguesa publicou em 2022. Resulta de um trabalho de construção sinodal. Fez um percurso pelos organismos de comunhão e dentro dos diversos serviços arquidiocesanos e tendo sido assinada por mim [ndr: risos], é de toda a igreja que aqui em Braga faz caminho para a Páscoa”, desenvolve.
Para D. José Cordeiro é fundamental “efetivar este sentido de corresponsabilidade” que é resultado direto da “oração em conjunto, da partilha em várias instâncias da igreja” de modo que “a corresponsabilidade seja uma realidade”.
“Estas três leigas, agora instituídas, reúnem as condições para o exercício estável dos respetivos ministérios. Realizaram formação adequada, são reconhecidas pelas comunidades e dão garantias na responsabilidade que assumem aqui na Arquidiocese”, explica.
Uma nova dinâmica para a Catequese
Com um novo Departamento para a Catequese em funcionamento na Arquidiocese, o arcebispo primaz mostra-se “esperançoso no futuro” da catequese.
“Contamos hoje com a graça de contar com milhares de catequistas na Arquidiocese. Temos uma nova responsável, uma nova equipa, e um desejo muito grande de fazer caminho. Estamos a construir equipas arciprestais para a catequese e vamos realizar o Dia do Catequista a 1 de dezembro”.
Até aquela data, já em novo ano pastoral, a Arquidiocese vai continuar o “discernimento tendo em vista a instituição de novos catequistas, quer nas equipas arciprestais, quer outras pessoas que venham a ser propostas pelas comunidades locais para que seja mais visível o compromisso da corresponsabilidade partilhada”, completou.
A nova responsável Arquidiocesana para a Catequese, Fátima Castro, esteve três anos como missionária em Pemba, Moçambique.
O «Identidade e Ministério do Catequista: Desafios Pastorais» foi o tema central do 61º Encontro Nacional de Catequese que decorreu no Algarve em abril de 2024.