A actual situação das escolas, quer públicas, quer católicas, é muito diversa de país para país. Todavia, em muitas regiões, a sua importância é ainda bastante grande, tanto em ambientes onde estão radicadas igrejas de antiga tradição, como noutros onde há igrejas novas.
Para todas as escolas, de qualquer tipo, existem limites e perigos. Em muitas regiões, o processo de «nacionalização», ligado à transformação política, reduz e às vezes até suprime a presença da Igreja nas escolas. Por isso também a «catequese escolar» vai diminuindo sempre mais.
Quanto à escola católica, a Igreja reconhece-lhe uma grande importância: isto resulta de muitos documentos, entre os quais último publicado recentemente pela Congregação para a Educação Católica (19 de Março de 1977). E isto, não obstante as dúvidas e críticas que em muitos lugares abundam acerca da sua existência e da sua eficácia educativa, até ao ponto de ser considerada por alguns como um contra testemunho para a fé cristã.
Em cada caso, o objectivo específico do ensino religioso ou da catequese nas escolas é o de ilustrar o progresso da cultura à luz do Evangelho. Para tal fim não basta uma exposição sistemática da fé, como se faz na catequese paroquial. Na escola, a instrução religiosa deve ainda responder aos problemas que os jovens encontram no estudo das outras disciplinas, e assim dar-lhes uma visão verdadeiramente cristã das ciências e das letras.
Com frequência, a escola católica permanece um dos poucos «espaços de liberdade, em que se pode proclamar a libertação humana integral. A escola católica deve criar e sustentar o «espírito de liberdade» (cf. Gravissimum Educationis, 8), estimulando os alunos: a um harmónico desenvolvimento espiritual, ao aprofundamento da verdade revelada, a uma visão cristã do mundo e da história a transformar segundo os valores evangélicos.
Isto poder-se-á conseguir na medida em que a escola católica procurar constituir-se como autêntica comunidade educativa cristã, de notável nível até cultural. Deste modo, a escola católica pode tornar-se uma das expressões mais significativas da comunidade cristã.