Para uma ética partilhada - Enzo Bianchi

Enzo Bianchi fundou em 1965 a Comunidade Monástica de Bose, precisamente no dia em que se encerrava o Concílio Vaticano II (8 de Dezembro). Estes anos afirmaram-no como uma das vozes espirituais mais surpreendentes do nosso tempo. Autor de importantes textos sobre a espiritualidade das tradições cristãs, mantém um diálogo permanente e exigente com o mundo contemporâneo. Bianchi citamuitas vezes a carta a Diogneto, umescrito do século II, que define assimos cristãos: «vivemna sua pátria,mas como forasteiros;

participam de tudo como cidadãos, mas separam-se de tudo como estrangeiros. Moram na terra, mas têm a sua cidadania no céu». Para aprofundar o sentido desta cidadania prefere o termo grego políteuma — que a Bíblia de King James traduz como conversação. Mergulhado radicalmente no mundo, o cristão é chamado a entender a vida como conversa com Deus.


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