Igreja apela à «inclusão, justiça e fraternidade» no «Dia Nacional do Cigano»

Igreja Católica destaca o valor da cultura cigana e reforça o compromisso com uma sociedade mais justa e inclusiva

Assinala-se esta segunda-feira, 24 de junho, o Dia Nacional do Cigano, uma data que celebra, em Portugal, a cultura e a presença histórica do povo cigano no país. Coincidindo com a festa litúrgica de São João Batista — santo de particular devoção entre os ciganos portugueses — esta efeméride assume um significado espiritual e cultural especial.

Na mensagem oficial para 2025, o Diretor Nacional da Pastoral dos Ciganos, Hélder Afonso, sublinha a importância de reconhecer “a herança cultural, espiritual e humana” das comunidades ciganas, que há mais de cinco séculos fazem parte da história portuguesa.

A mensagem apela à “superação da discriminação e do preconceito”, ainda presentes na sociedade, e lembra que “a plena inclusão dos ciganos continua a ser um desafio urgente”.

“A sua caminhada, marcada por resiliência e coragem, é expressão de uma herança que enriquece a diversidade e contribui de forma valiosa para o nosso património comum”, afirma Hélder Afonso, reforçando o compromisso da Igreja “com a justiça social, a dignidade humana e a participação de todos na vida comunitária”.

A mensagem destaca também o papel da Igreja Católica como “espaço de acolhimento, comunhão e diálogo” para com as comunidades ciganas, através da ação pastoral próxima e respeitadora da identidade e cultura próprias deste povo. Nesse sentido, a missiva evoca o Beato Zeferino Giménez Malla, primeiro cigano beatificado pela Igreja, como exemplo de “vida cristã, de paz e de entrega ao serviço dos outros”.

Num tempo marcado pelo “caminho sinodal da Igreja”, o diretor da Pastoral dos Ciganos insiste na importância de “escutar e envolver as comunidades ciganas como parte ativa da construção de uma Igreja universal e verdadeiramente inclusiva”.

A concluir, a mensagem deixa um apelo à construção de pontes, ao respeito mútuo e à fraternidade vivida em gestos concretos: “Que ninguém seja deixado para trás”.

Imagem: Unplash

Educris|24.06.2025



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