Vaticano: Papa pede unidade num mundo dividido e afirma que a «esperança constrói pontes»

Leão XIV retomou hoje as audiências jubilares e afirmou que a “verdadeira esperança não espera de braços cruzados”, pois “liga céus e terras, pessoas e povos”

Diante de uma Basílica de São Pedro repleta de fiéis e peregrinos, muitos a participar no Jubileu do Desporto, o Papa Leão XIV retomou nesta manhã as audiências jubilares com uma reflexão sobre a virtude da esperança a partir da figura de Santo Ireneu.

Na audiência o Santo Padre convidou todos os cristãos a abraçarem a esperança não como fuga, mas como compromisso ativo com a reconciliação e a unidade.

“Esperar é ligar”, declarou o Papa, em tom firme.

“A esperança não é uma atitude passiva, mas uma força espiritual que constrói pontes e desfaz muros”, reforçou.

Olhando para a figura de Ireneu de Lyon, que apelidou de “mestre de unidade” e “cantor da carne de Cristo”, Leão XIV lembrou como este bispo do século II soube ligar o Oriente e o Ocidente no meio de muitas doutrinas divididas e corações dispersos.

“Num mundo fragmentado, Ireneu soube pensar melhor. Ele viu em Jesus não um muro que separa, mas uma porta que une. Esta é a inteligência da fé: onde se liga, há sabedoria. Onde se separa, há ruído”, lamentou.

Olhando para o mundo atual o sumo pontífice alertou para “o pensamento ideológico” e para a existência de “ideias” que “podem enlouquecer, e palavras que podem matar”.

“Devemos ouvir o clamor da carne, escutar a dor do próximo, sentir o Evangelho com os sentidos do coração”, apelou.

Explicitando que para si o Jubileu é “uma porta para a transcendência” Leão XIV afirmou que o ‘Pai Nosso’ é mais do que oração, e constitui-se como um verdadeiro projeto de vida.

“Quando dizemos ‘assim na terra como no céu’, estamos a aceitar o chamamento a unir os dois mundos. Esta é a missão do cristão”, reforçou.

“Como Ireneu em Lyon, no século II, assim em cada uma das nossas cidades, voltemos a construir pontes onde hoje existem muros. Abramos portas, liguemos mundos, e haverá esperança!”, completou.

Educris|14.06.2025



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