Papa pediu oração pela paz, evocou o seu antecessor e renovou o pedido para que a ajuda humanitária entre na Faixa de Gaza
Na sua primeira audiência geral, o Papa retomou o ciclo de catequeses em preparação para o Jubileu de 2025, sob o tema «Jesus Cristo, nossa esperança», iniciado anteriormente pelo Papa Francisco.
A reflexão desta quarta-feira centrou-se na parábola do semeador (Mateus 13, 1-17), apresentada como uma introdução ao conjunto de parábolas proferidas por Jesus.
Dirigindo-se aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Papa destacou o poder das parábolas em despertar interrogações e convidar à reflexão interior.
“Cada palavra do Evangelho é como uma semente lançada no terreno da nossa vida”, afirmou, explicando que a parábola do semeador revela o dinamismo da palavra de Deus e os diversos efeitos que esta pode ter, dependendo da disposição interior de cada pessoa.
Antes de terminar a catequese Leão XIV mostrou-se “feliz” por receber milhares de peregrinos e lembrou o seu antecessor.
“Não podemos concluir este nosso encontro sem recordar com tanta gratidão o amado Papa Francisco, que há um mês regressou à casa do Pai”, disse.
Nos habituais cumprimentos aos peregrinos reunidos na praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa saudou os grupos de portugueses presentes e evocou a mensagem de Fátima, pedindo orações pela paz em todo o mundo.
“Neste mês mariano, gostaria de repetir o convite da Nossa Senhora de Fátima: ‘rezem o terço todos os dias pela paz’. Juntamente com Maria, peçamos que os homens não se fechem a este dom de Deus e que desarmem o seu coração. O Senhor vos abençoe”.
Preocupado com a situação na Faixa de Gaza, que catalogou de “cada vez mais preocupante e dolorosa”, o Papa Leão XIV voltou a apelar a que se “permita a entrada de ajudas humanitárias dignas”.
“Que se ponha termo às hostilidades, cujo preço dilacerante é pago pelas crianças, pelos idosos e pelas pessoas doentes”, denunciou.
Educris|21.05.2025