100 peças de arte sacra mostram a importância de Jerusalém para o Ocidente desde o século IV
A Fundação Gulbenkian apresenta a exposição «O Tesouro dos Reis - Obras-primas do Terra Sancta Museum». Até ao próximo dia 26 de fevereiro de 2024 é possível ficar a conhecer o “extraordinário e pouco conhecido tesouro artístico do Terra Sancta Museum, composto de doações realizadas por monarcas católicos europeus a várias igrejas daquele território ao longo de 500 anos”.
O visitante vai ter acesso a diversas obras de arte construídas e oferecidas pelos monarcas europeus, com destaque para a Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, e a denominada custódia da Terra Santa.
Filipe II de Espanha, Luís XIV de França, João V de Portugal, Carlos VII de Nápoles ou Maria Teresa de Áustria são alguns dos monarcas que enviaram recursos materiais e financeiros destinados ao sustento das igrejas e comunidades locais, tais como moedas de ouro, cera, bálsamos, perfumes, especiarias e diversas alfaias litúrgicas de elevado valor e beleza.
A exposição conta com uma centena de doações com destaque para a lâmpada de igreja remetida para Jerusalém pelo rei de Portugal, D. João V, ou o baldaquino que acolhia uma custódia ou um crucifixo, doado por Carlos VII, rei de Nápoles.
Lugar de destaque, ainda, para a Custódia da Terra Santa – a instituição católica franciscana responsável por zelar pelos lugares cristãos na Terra Santa – na receção, utilização e preservação destes objetos de culto católico.
A ligação de Calouste Gulbenkian à Terra Santa não foi esquecida na exposição que conta com toda ma secção onde se dá a conhecer o vínculo de longa data da sua família a este lugar e dá a conhecer um manuscrito iluminado arménio do século XV oferecido pelo colecionador ao Patriarcado Arménio de Jerusalém.
A exposição pode ser visitada entre 10 de novembro e 26 de fevereiro de 2024, incluindo uma programação com visitas guiadas, com curadores e convidados, e oficinas para crianças, adultos e famílias.
Educris|20.11.2023