Novo livro «quer ser ajuda para as comunidades cristãs», Luís Miguel F. Rodrigues

Obra interdisciplinar reúne investigadores e atores de práticas concretas no âmbito da transmissão da fé

«A Edificação do Corpo Eclesial – Formação de Agentes», é a mais recente obra da Universidade Católica editora, e procura estabelecer a articulação entre mundo académico e realidade eclesial.

“A ideia desta obra nasce de um projeto que coordenei no Centro de Investigação em Teologia e estudos de Religião, da Universidade Católica onde procurámos fazer uma articulação entre o mundo académico - com as suas competências e recursos - e o mundo eclesial - com as suas necessidades e riquezas”, explica ao EDUCRIS o cónego Luís Miguel F. Rodrigues, coordenador da obra.

Para o professor a atualidade eclesial exige uma reflexão profunda sobre “a formação dos agentes”, partindo do que “a comunidade é e espera vir a ser”.

“A ‘formação de agentes’ ganha especial destaque na apreensão e compreensão que se poderá ter de uma determinada concretização eclesial: por um lado é reflexo daquilo que a comunidade eclesial espera vir a ser, por outro é reflexo do que essa comunidade já é. A formação evidencia-se, assim, como um especial campo de observação de práticas para conhecer e perceber a vida eclesial, sobretudos do discernimento dos ‘sinais dos tempos’ que em cada momento vai possibilitando dar respostas”, sustenta.

A obra convoca “uma pluralidade de saberes numa interdisciplinaridade horizontal” e “um trabalho vertical que envolveu investigadores e os atores de práticas concretas”, numa tentativa de “aglutinar recursos humanos dispersos pelo território”.

“Para além de docentes da Universidade Católica Portuguesa contamos com autores das dioceses de Braga, Lamego, Viseu e Viana do Castelo, bem como da Congregação Salesiana. Quisemos aglutinar recursos humanos dispersos pelo território, e nem sempre ligados à academia, e servir de potenciador de uma reflexão mais aprofundada das práticas eclesiais”, concretiza.

Uma obra em três etapas

Pensada ainda antes “de saber que o Papa Francisco iria instituir o Ministério de Catequista”, a nova obra apresenta “a preocupação comum de perceber como dignificar e potenciar a formação daqueles que, na Igreja, são chamados a ser agentes de transmissão da fé”.

Deste modo o livrodividiu-se em três etapas, que acabam por ser três partes do livro”.

“Primeiro, procurou conhecer-se aquilo que na história e no pronunciamento atual dos diversos Episcopados se diz sobre a formação de agentes de pastoral catequética. Num segundo momento, refletimos sobre os lugares concretos onde essa formação se faz: a Sagrada Escritura, a formação espiritual, a Comunidade cristã, a ritualidade, e por fim, o mundo digital.

Para o cónego Luís Miguel F. Rodrigues os diversos campos constituem-se como “lugares privilegiados onde investir em contexto formativo” numa atenção constante ao “desafio do acompanhamento, a família como lugar educativo, a preocupação com os catequistas jovens e, por fim, a arte e o património como espaços de educação e evangelização”, completa.

Educris|16.11.2021



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