Fátima: «Somos chamados a ser testemunhas da caridade e da ternura», Fernando Moita

Jornada da Escola Católica reforça missão educativa com rosto humano e solidário

O secretário da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECFD), professor Fernando Moita, desafiou hoje os responsáveis das escolas católicas à redescoberta da unidade como sinal do próprio Deus.

“Somos chamados a redescobrir a unidade, a propor, pois ela é fundamento da nossa união e da missão — não como estratégia de sobrevivência, mas como sinal visível do próprio Deus Uno-Trino”, afirmou.

Na abertura do painel «Identidade da Escola Católica - contexto de uma jornada, preocupações e desafios», com que iniciou a II Jornada da Escola Católica, o responsável pelo Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) defendeu que as escolas católicas devem definir-se não por rótulos de sucesso ou eficácia, mas como sinais vivos de caridade e comunhão. Num contexto marcado por conflitos e polarizações, a unidade — longe de ser um sinal de fragilidade — deve assumir-se como profecia viva da presença de Cristo.

“Vivemos épocas de conflitos e polarização. A unidade aqui é uma profecia e não uma fraqueza. É a nossa afirmação de que Cristo está vivo e presente”, sublinhou.

Aos cerca de 137 participantes, em representação de 78 escolas, o responsável citou o Papa Francisco para lembrar “que a profecia não exige ruturas, mas antes escolhas corajosas e solidárias, próprias de uma comunidade educativa enraizada no Evangelho”.

“As diferenças não dividem, mas enriquecem; os carismas não competem nem se ofuscam, mas completam-se. Todos podem dar e receber”, afirmou, antes de defender uma cultura de acolhimento, ternura e serviço.

 A sustentabilidade, neste contexto, não se esgota na gestão de recursos, mas estende-se “à capacidade de fortalecer a missão comum, explorando modelos organizacionais que promovam a cooperação, a corresponsabilidade e a partilha de carismas”, apelou.

No painel de abertura da «II Jornada da Escola Católica – Identidade e Futuro», dedicada ao tema da sustentabilidade, Fernando Moita deixou o desafio de uma escola católica capaz de ser “ousada” e de viver “com coração profético”.

“A escola católica pede profetas na inovação, cooperação, corresponsabilidade, sonhando juntos, e por isso estamos aqui. Não tenhamos medo! Vivamos o presente com paixão e olhemos para o futuro com coração profético”, concluiu.

A II Jornada da Escola Católica reúne137 participantes. Estão presentes diretores, administradores e entidades proprietárias que refletem, no Colégio de São Miguel, em Fátima, sobre os caminhos de futuro da escola católica em Portugal, com especial atenção à identidade, à inovação pedagógica e à sustentabilidade das suas propostas.

Imagem: PQ

Educris|01.07.2025



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