Noruega: Escolas católicas esperançadas em «mudanças das políticas educativas»

Intervenção do presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) fez hoje diagnóstico da situação das escolas católicas portuguesas, na 102ª Assembleia Geral do Comité Europeu das Escolas Católicas

 

Fernando Magalhães, presidente da direção da APEC mostrou-se hoje “esperançado” numa mudança de politicas governamentais em relação às escolas católicas em Portugal.

“Após os resultados eleitorais das eleições legislativas, com a chegada ao poder de um governo de centro-direita, existe uma esperança latente de mudança em certas políticas dominantes durante as últimas duas décadas e claramente opostas à liberdade de expressão e à educação privada”.

Perante os representantes de instituições católicas de ensino de toda a europa o responsável português anunciou a realização do “II Congresso Nacional das Escolas Católicas”, a decorrer a 10 e 11 de outubro próximo, e que se “desenvolverá em torno dos 8 compromissos do Pacto Educativo Global”.

“Estamos a celebrar o 25º aniversário da APEC sob o tema do Pacto Educacional Global, um grande desafio que o Papa Francisco nos lança desde 2019”, afirmou.

Na partilha que realizou com as congéneres europeias Fernando Magalhães deu conta da ação das escolas católicas do nosso país em “defesa do primado da pessoa”.

“As escolas católicas portuguesas tomaram posição pública, por duas vezes nos últimos meses, sobre a importância da pessoa, nomeadamente sobre a sua primazia, sobre a importância da família e sobre a teoria de género”, informou.

No último ano a APEC dirigiu um documento ao Presidente da República pedindo-lhe para não promulgar um projeto de lei, aprovado no Parlamento, referente às medidas administrativas que as escolas deveriam adoptar para implementar a lei que “estabelece o direito à autonomia pessoal, a determinação da identidade e expressão de género e o direito à proteção das características sexuais de cada pessoa”, e emitiu uma tomada de posição na fase de consulta pública do documento “Orientações educativas para creches” elaborado pelo Ministério da Segurança Social.

Também a questão dos “abusos de menores”, em contexto eclesial, marcou a declaração do responsável da APEC. Fernando Magalhães informou a assembleia acerca das “várias inciativas formativas já desenvolvidas” para melhor “acolher, ouvir, monitorizar e prevenir situações de abuso sexual de crianças e adultos vulneráveis ??no contexto de a Igreja Católica”.

“Estabelecemos uma colaboração formal com o grupo VITA, um grupo autónomo e independente. Desta colaboração implementou-se um plano formativo, em diferentes níveis,  para agentes educativos de escolas católicas, sobre a temática em questão neste contexto”.

No final da sua intervenção o responsável nacional da APEC deu conta da sua entrada no Conselho Nacional de Educação como “representante das organizações religiosas portuguesas”.

O Conselho Nacional de Educação é um órgão independente com funções consultivas, responsável pela produção de pareceres, recomendações e contributos, por iniciativa própria ou a pedido da Assembleia da República (AR) ou do governo.

Educris|27.04.2024



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