Responsáveis diocesanos pela EMRC estiveram ontem em Fátima e escutaram responsáveis pela Cáritas e da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens
Exposição itinerante «Migrações e Desenvolvimento»
A manhã de trabalhos dos responsáveis da EMRC ficou marcada pela apresentação e divulgação do projeto «Migrações e Desenvolvimento», da responsabilidade da Cáritas Portuguesa e que conta com o apoio do Secretariado Nacional da Educação Cristã.
“Esta exposição surge como repto ao Papa Francisco de vemos os migrantes como irmãos e percebermos o seu papel no desenvolvimento dos povos”, revelou ao Educris Joana Alfaiate, da organização.
Aos diretores e equipas diocesanas a responsável da Cáritas apresentou a exposição itinerante que vai “andar pelo país a dar informação aos públicos mais novos dando informações reais sobre a situação real dos migrantes”.
Para Ana Célia Alfaiate “a questão das migrações” é uma das preocupações da instituição católica e “esta iniciativa pretende dar voz aos migrantes” através de “estatísticas que comprovam o valor destes que a nós chegam” em contraponto com “as notícias falsas e os populismos que hoje vemos”.
A Exposição é constituída por “16 roll ups” e “material de trabalho em projeto” e contem várias informações sobre as questões das migrações e do desenvolvimento numa iniciativa que “pretende chegar às escolas de todo o país” e que pode “ser integrada facilmente no trabalho interdisciplinar e ou articulação curricular” dos chamados “Domínios de autonomia curricular”.
No país interior circulam “4 exposições” que podem ser pedidas através de FORMULÁRIO ONLINE
Agentes educativos devem investir na proteção e na prevenção
No final da manhã Teresa Espírito Santo, da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ), apresentou aos responsáveis diocesanos o tema “O cuidado da pessoa da Criança: conhecer mais para proteger melhor”.
A técnica pediu aos diretores para se cultivar na escola “uma lógica de prevenção e proteção” perante um grande número de “docentes e discentes com pouca formação em prevenção”.
“Sabemos, nós os mais velhos, que diante muito tempo estas questões eram silenciadas” e isso “fez sofrer tantos em tanto local”.
“Nas escolas temos de cuidar, estar atentos, e comunicar às autoridades sempre que consideremos que alguma situação é mesmo clara ou que está errada com a vida da criança”.
Para a especialista, a escola deve ser lugar de “cuidado e proteção das crianças” e “como cuidadores” devemos “criar redes relacionais” com lógicas de parcerias locais” que permitam “ajudar a resolver situações que possam aparecer”.
Às equipas diocesanas Teresa Espírito Santo sustentou que o foco “deve estar na família”, independentemente da “circunstância em que vive” e que “em Portugal a legislação existente é avançada, mas precisa de ser efetivada no terreno”.
A tarde ficou marcada pela apresentação e avaliação das atividades nacionais desenvolvidas no âmbito da disciplina e pela apresentação da prioridade para o ano letivo 2019/2020.
Educris|07.07.2019