«A EMRC é farol de esperança», diz Jorge Bacelar Gouveia

Na Jornada Nacional de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), que reuniu 150 professores em Fátima, o constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia destacou a importância da disciplina como “elemento essencial na formação cívica e moral dos jovens”, e apelou “ao seu reforço no espaço educativo e público”.

À margem da Jornada de EMRC, que a cidade de Fátima recebeu, nos dias 30 e 31 de maio, Jorge Bacelar Gouveia defendeu a centralidade da disciplina na escola portuguesa.

“A EMRC tem um papel relevante na formação da juventude, nos valores morais e filosóficos e pode funcionar como um elemento complementar, mas também unificador e aferidor da verdade daquilo que é ensinado noutras disciplinas”.

Depois da sua intervenção, que situou o lugar da disciplina no contexto do sistema educativo português, o constitucionalista lembrou o modo como a religião teve, na organização social, “grande importância na afirmação dos direitos sociais” e mostrou-se convicto de que a EMRC pode ser “uma válvula de segurança da qualidade da própria educação que a escola oferece”.

“Eu acho que a importância [ndr: da EMRC] é enorme. Julgo que hoje as pessoas começam a perceber que esta disciplina pode ser realmente uma disciplina complementar para a formação da juventude, do ponto de vista não só dos valores morais e filosóficos, que todos nós devemos ter, mas também como uma disciplina que pode ser complementar em relação aos conteúdos de outras disciplinas. Pode relacionar-se com a filosofia, a história, as ciências, a geografia, a economia, as línguas…permite valorizar o contributo da religião na afirmação, sobretudo dos direitos sociais, e dar a conhecer a doutrina social da igreja, que é para muitos uma coisa desconhecida”, desenvolveu.

Lamentando aquilo que apelida como uma “certa contenção” do discurso das denominações religiosas no espaço publico, o constitucionalista pediu às “Igrejas” uma maior presença no “espaço público”, e criticou o modo como “alguns governos têm tentado torpedear o ensino da disciplina, colocando-a em horários impopulares ou limitando turmas”.

A Jornada Nacional assinalou ainda os cinco anos de projetos colaborativos na disciplina, com a criação de novos materiais e manuais, e contou com a participação de representantes das congéneres de Espanha e Itália.

 Educris|27.06.2025



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