Vilar de Mouros acolheu, a 14 e 15 de maio, o XXVIII Fórum/Festa da EMRC com a participação de cerca de 4800 alunos do 2.º e 3.º ciclos e do secundário, numa celebração de valores, convívio e esperança
A pequena localidade minhota de Vilar de Mouros, no alto Minho foi, durante dois dias, palco do encontro diocesano da Educação Moral e Religiosa Católica, numa iniciativa que juntou alunos, professores, assistentes operacionais e autoridades locais no XXVIII Fórum/Festa da EMRC.
Sob o lema «Com a EMRC abraço a Esperança», o evento reuniu mais de 4800 participantes de diversos agrupamentos escolares, numa autêntica “celebração da vida, da atenção ao outro e da esperança”.
Organizado pelo Secretariado Diocesano da EMRC, em parceria com o Município de Caminha, a iniciativa contou com dois dias distintos. A 14 de maio foi dedicado aos alunos do 3.º ciclo e secundário, e contou com a presença de 3400 alunos de 19 agrupamentos e uma escola privada; o dia 15 foi reservado ao 2.º ciclo, com cerca de 1400 participantes oriundos de 14 agrupamentos.
Um dia de festa e partilha
Em ambos os dias o Fórum/Festa contou com “a apresentação das escolas, momentos lúdicos e apresentações artísticas”. A 14 de maio diversas personalidades locais deixaram palavras de incentivo e testemunho aos alunos de EMRC.
D. João Lavrador, bispo de Viana do Castelo, lembrou aos alunos que “a vida em festa constrói-se com valores humanos, equilíbrio pessoal e atenção ao próximo”, afirmou.
Para o prelado “o mundo de hoje necessita e vai necessitar da vossa presença e participação para a construção de uma nova comunidade”.
Antigo aluno de EMRC, o presidente da Câmara de Caminha destacou a importância da frequência da disciplina e utilizou a metáfora da ponte, que liga duas partes de Vilar de Mouros, para incentivar os alunos a perseverarem nesta escolha.
“Tal como a ponte de Vilar de Mouros liga margens, a EMRC liga pessoas, ideias e gerações. É um espaço privilegiado para aprender a criar pontes no mundo de hoje”, sustentou.
Música, reencontros e valores
A parte da tarde, nos dois dias, foi dedicada ao convívio com muita música, atuações de artistas e a tão aguardada “explosão de cores”, animada por um DJ. Mais do que uma festa, o evento é espaço para “reencontro entre colegas, professores e auxiliares, que todos os anos voltam a este espaço comum de partilha”.
“É belo ver como os alunos e mesmo os professores ficam agradecidos por esta oportunidade. Este encontro é sempre especial, pois permite rever amigos e crescer juntos”, partilhou a professora Maria José, coordenadora do Secretariado Diocesano da EMRC.
Para a responsável o Fórum/Festa permite desenvolver “algumas competências transversais” que em contexto de sala de aula podem ficar um pouco à parte.
“Aqui é possível ajudar e ver crescer a responsabilidade, a autonomia, a capacidade de resolver problemas, a cooperação entre os alunos”, sustenta.
Para a responsável a questão da “empatia, da atenção aos outros e o cuidado pela diferença”, são fundamentais no crescimento das novas gerações, Maria José dá até um exemplo concreto que diz “espelhar bem o ambiente destes dois dias”.
“Uma das alunas que trouxemos apresenta características próprias que preocupavam os pais e até os adultos. Ao falar com a encarregada de educação, no final do encontro, ela dava-me conta da alegria profunda da sua filha em poder participar e estar integrada nesta iniciativa”.
Maria José considera que “atividades como estas, longe da sala de aula, mas em ambiente escolar, permitem aos alunos revelarem-se perante os adultos e uns com os outros na atenção pela diferença, pelo cuidado, gerando empatia, inclusão e solidariedade”.
Uma salva de palmas em vez de silêncio
Um dos momentos mais simbólicos do evento surgiu com a evocação do Papa recentemente falecido. Em vez do tradicional minuto de silêncio, optou-se por uma salva de palmas, num gesto que honrou o desejo do Papa de ver nos jovens “uma Igreja que faz barulho”.
“Foi um gesto simples, mas profundo. Tocou muito os miúdos”, disse a professora Maria do Céu.
“Valeu todo o esforço”
Apesar da complexidade logística de um evento com esta dimensão, os organizadores mostraram-se plenamente realizados.
“Valeu todo o esforço para ver esta alegria e o convívio entre todos. Sentimos que cumprimos o nosso dever ao contribuir para a formação integral dos nossos alunos”, concluiu a professora Maria José.
O pároco de Vilar de Mouros, padre João Martinho, também enalteceu a importância da iniciativa:
“Foi com muita alegria que acolhemos este encontro. A EMRC é fundamental na formação dos nossos jovens e este tipo de eventos só reforça essa missão.”
Imagem: Secretariado Diocesano da EMRC, Viana do Castelo
Educris|17.05.2025