«Temos de mudar mentalidades. A Escola é decisiva para formar cidadãos interventivos», Jorge Novo

Novos manuais e recursos de Educação Moral e Religiosa Católica estiveram em destaque no programa «A Fé dos Homens» da Antena 1

O professor Jorge Novo considera que a valorização da carreira docente não depende apenas “da vertente económica”, mas de uma verdadeira “valorização social”.

“Quer queiramos quer não é desta profissão que nascem todas as restantes. Temos de mudar mentalidades. A Escola é decisiva não apenas para o mundo empresarial, mas para formar cidadãos conscientes, letrados, interventivos na sociedade”, apontou à jornalista Lígia Silveira.

No programa «A Fé dos homens», que foi para o ar na Antena 1 no passado sábado, o Diretor do Departamento de EMRC de Bragança-Miranda lamentou “tantos alunos em docentes” e sustentou que hoje é necessária uma maior divulgação “da importância das ciências da educação”.

Mais de quinhentos recursos na escola virtual

António Cordeiro, coordenador nacional da disciplina de EMRC no Secretariado Nacional da Educação Cristã deu conta da preocupação e do “trabalho da Igreja” na formação de novos docentes de EMRC, quer na componente inicial quer na vertente continua.

“Temos hoje 530 recursos digitais, do 1º ano ao 12º ano. No 5º ano temos uma espécie de projeto piloto. Precisamos agora de informar e colocar estes recursos diante de todos os agentes. Tem de conhecer a forma pedagogia e didática que está na sua conceção e o modo como podem recriar nas diversas realidades”, desenvolveu.

Após mais de quatro anos de trabalho em continuo, e que contou com a participação de “cerca de 94 professores, envolvendo os vários subsistemas de ensino e as várias latitudes”, o responsável mostrou-se satisfeito “com o trabalho em rede, realizado de modo sinodal” e sustentou que os “novos materiais e recursos digitais” são sinal de uma “maturidade da própria disciplina”.

“A disciplina já tem uma tradição do uso do recurso físico e digital. A passagem pela pandemia, embora já viesse a montante, acentuou a necessidade deste caminho que segue também a linha do Ministério da Educação para a desmaterialização. Houve um momento de escuta, onde fomos perceber as implicações pedagógicas destas mudanças e percebemos que teríamos de reforçar a nossa dimensão digital”, completou.

Já o professor Jorge Novo considera que “quer os manuais quer os recursos digitais são “potenciadores do trabalho do professor” e trazem consigo uma maior “adequação das ferramentas, das linguagens e do perfil à saída da escolaridade obrigatória”.

“A transição digital era imperativa para a EMRC. Queremos proporcionar aos alunos, através dos recursos e manuais, um acesso mais dinâmico à aprendizagem. Com pedagógicas mais ativas, e com maior protagonismo dos alunos”.

Em breve estão já a ser ultimadas formações sobre os manuais e novos recursos da disciplina para todos os docentes de EMRC em diversas modalidades.

Educris|16.09.2024



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