Iniciativa incluiu visita à Sé com partida da Igreja de Santa Clara
A Diocese de Santarém realizou, no passado sábado, o «Jubileu das Crianças e Adolescentes». Integrada nas comemorações dos 50 anos da Diocese Scalabitana.
Crianças e adolescentes, vindos de várias partes da Diocese caminharam entre a Igreja de Santa Clara, o largo do Seminário, e visitaram a Sé.
“O dia contou com oração, animação, o acolhimento, a palavra do bispo diocesano que recebeu a multidão que peregrinou de toda a diocese”, explica um comunicado da Diocese a que o EDUCRIS teve acesso.
Com início na Igreja de Santa Clara, para o acolhimento, a celebração do «Jubileu das Crianças e Adolescentes» faz parte das comemorações dos 50 anos da criação da diocese.
“Esta iniciativa parte da reflexão tida na assembleia diocesana e onde se definiram algumas prioridades. A formação e a pastoral vocacional são duas das prioridades da diocese pois precisamos de gente que se entregue ao projeto de Deus de maneira completa”, explicou ao EDUCRIS Paulo Campino, diretor do Secretariado Diocesano da Catequese.
Para o responsável, o futuro da diocese, e da própria Igreja, deve passar por acompanhar os mais novos a perceber o “seu lugar na Igreja, paroquial, diocesana e universal”.
“Ajudá-los a perceber que nós não estamos só, estamos num projeto que Deus tem para nós e para a humanidade”, apontou.
Sustentando o “encontro” e a “formação” como alicerces do futuro Paulo Campino considerou que a prioridade para o setor passa pelo reconhecimento de que os mais novos “tem de ser agentes da própria catequese”.
“A catequese não é entretenimento. A catequese é proporcionar a que cada um faça um encontro feliz com Jesus Cristo. Neste sentido requer-se dinamismo e a ação pois não podemos ter uma catequese em que os catequizantes apenas ouvem aquilo que o catequista tem para lhe dizer, mas devem «colocar a mão na massa» através de projetos e aprendizagens diversas”, considerou.
Presente na iniciativa D. José Traquina, bispo de Santarém, expressou o seu reconhecimento para com todos os que se motivaram a estar presentes no jubileu, e aos catequistas, animadores destes grupos, pelo seu testemunho e entrega.
O prelado convidou todos a entrarem na Sé, e aí os mais novos realizaram orações pela Igreja, pelo Papa, e pela diocese.
A tarde ficou concluída com a peregrinação de regresso à Igreja de Santa Clara para a celebração da Missa.
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Uma catequese mais próxima, simples e onde se faça a experiência do amor de Deus
Inês de São Miguel, catequista na diocese considera que o Jubileu é “oportunidade fantástica para viver a comunidade. Percebermos que não estamos sozinhos pois existem milhões que acreditam no mesmo Deus de amor que eu acredito”. Para a catequista o grande desafio da catequese é a de proporcionar “a experiência do Amor de Deus” aos mais novos num momento “em que tudo vive acelerado e onde as solicitações são muito diversas”. “Hoje as crianças têm mais coisas. A catequese há-de aparecer como uma espécie de contracorrente, um lugar onde podemos voltar ao essencial de cada um para que a experiência do que somos se manifeste. Parando perceberão melhor que este Deus está no dia a dia, nas pequenas coisas. Aí perceberão a sua presença”, desenvolveu. Para esta catequista outro dos desafios da catequese prende-se com “a participação das famílias na catequese”. “As famílias nem sempre conseguem estar presentes. Temos de criar encontros com as crianças, as famílias, as comunidades com Deus”. Para o futuro Inês de São Miguel considera que a “simplicidade do contacto diário do catequista com os pais” será mais eficaz do que “grandes planos”. “Gostava de imaginar que a catequese daqui a 50 anos estará cheia de alegria e de vida. Não apenas rezar, mas no concreto viver o que se reza nas atitudes e nas ações”. A celebrar 50 anos da criação da Diocese a catequista sustenta que “este ambiente de festa” ajuda os mais novos “a perceber que fazem parte de algo maior” e isso “traz-nos mais razões para a nossa fé”, completou. |
Imagem: Diocese de Santarém
Educris|01.04.2025