II Congresso: «Onde existe escola católica a mulher tem educação», Rosário Farmhouse
Presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e jovens, destacou a importância da escola católica na formação das mulheres em todo o mundo
«Promover a Mulher» foi o tema do primeiro de três painéis, que trazem ao II Congresso Nacional da Escola Católica testemunhos de aplicação dos compromissos do «Pacto Educativo», proposto pelo Papa Francisco e que dá o tema a este Congresso.
Maria do Rosário Farmhouse, também presidente da Assembleia Municipal de Lisboa afirmou que “onde há escola católica atenta a mulher tem acesso à educação”.
“Em muitos pontos do mundo foi graças às escolas católicas que muitas meninas conseguiram ter acesso à educação. Ainda continua a ser nalgumas zonas do planeta a única forma de terem educação”.
No painel que aprofundou o terceiro compromisso do Pacto Educativo Global, que desafia a “favorecer a plena participação das meninas e adolescentes na instrução”, a Presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e jovens lembrou a importância da Doutrina Social da Igreja e citou mesmo a carta apostólica «Mulieris Dignitatem», de São João Paulo II para lembrar o “reconhecimento e o papel que a mulher sempre teve na Igreja” e sustentar a necessidade de mais mulheres “em lugares de decisão politica”.
“As mulheres têm esta capacidade de promoção da cultura do encontro e da paz, especialmente em contextos educacionais, onde podem ensinar esses valores de solidariedade, respeito e inclusão. Que bom seria termos mais mulheres com voz e lugar em situações de limite”, como enfrenta hoje a humanidade.
Rosário Farmhouse sustentou ser fundamental promover a “igualdade e a equidade” nos sistemas educativos e “nas oportunidades em educação”.
“Temos de encontrar maneira de garantir que as meninas, que as mulheres, têm esse papel fundamental e que têm essa capacidade de poderem ter acesso às mesmas respostas. Não só enquanto alunas, mas também enquanto professoras, enquanto líderes, enquanto líderes do ensino das instituições católicas, têm as mesmas oportunidades”, reforçou.
Ao olhar para um país que está hoje em plena metamorfose, no que à diversidade social diz respeito, a responsável pediu aos educadores católicos a capacidade de ajudar “a fazer crescer enquanto pessoa cada aluno”.
“Mais do que os rankings da matemática e do português é fundamental que as escolas valorizem os ‘rankings das melhores pessoas’”, exortou.
Olhando para a situação atual, e socorrendo-se da experiencia acumulada em váios domínios, a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa pediu atenção às crianças “vitimas de maus-tratos” e planos concretos que garantam “a participação ativa de todas” em meio escolar.
“Tem havido uma preocupação por parte da APEC de formação na área da prevenção dos maus-tratos na infância. Os maus-tratos são transversais a todas as classes sociais e é muito importante estar atento para poder proteger as crianças”, concluiu.