Marselha: Papa pede educação como «antidoto» contra o individualismo e o culto do «eu»

Francisco afirma que “educar é sempre um ato de esperança”

O Papa Francisco enviou hoje uma videomensagem ao Congresso Mundial das Escolas Católicas, que realiza até este sábado, na cidade francesa de Marselha.

“Educar é sempre um ato de esperança que convida à comparticipação e à transformação da lógica estéril da indiferença a uma logica diferença”.

Perante quase meio milhar de participantes, da iniciativa promovida pela Oficina Internacional do Ensino Católico (OIEC), Francisco sustentou que a educação permite “acolher a nossa pertença comum” e criticou os “espaços educativos que se conformam à lógica da substituição e da repetição”, afirmando-os como “incapazes de gerar e mostrar novos horizontes onde a hospitalidade, a solidariedade entre as gerações e o valor da transcendência formam uma nova cultura”.

Aos responsáveis o Papa apelou à tomada de consciência “do momento histórico presente”, e da importância da educação neste processo de mutação social.

“Estejamos conscientes de que um caminho de vida tem necessidade de uma esperança, fundada na solidariedade e que todas as mudanças precisam de um percurso educativo que construía um novo paradigma, capaz de responder aos desafios e às urgências do mundo contemporâneo”, apelou.

Para Francisco é urgente “compreender e buscar as soluções” que vão de encontro “às exigências de cada geração” para “fazer florir a humanidade de hoje e de amanhã”.

“A educação é o meio mais eficaz para humanizar o mundo e a história. A educação é, sobretudo, uma questão de amor e de responsabilidade que se transmite no tempo, de geração em geração”, desenvolveu.

No final do breve vídeo o Papa sustentou que a educação deve ser, antes de mais “um antidoto natural à cultura individualista, que não poucas vezes degenera no culto do ‘eu’ e no primado da indiferença”.

Educris|03.12.2022



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