«A catequese precisa de formar líderes», sustenta a irmã Arminda Faustino
Responsável pela catequese no Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) considera fundamental “criar novos recursos e formar bem os catequistas”
A irmã Arminda Faustino considera que é “urgente formar lideranças e unir esforços” para que a mudança na catequese possa acontecer efetivamente.
“Precisamos de formar líderes nos próprios secretariados, para que possam acompanhar os catequistas no terreno. Só assim conseguimos trilhar caminhos que nos levem mais além”.
No final do III Encontro de Catequetas da Península Ibérica, que Madrid acolheu a 12 e 13 de junho, a religiosa considerou ser importante “alargar os horizontes para lá da igreja particular” e “conhecer, partilhar, aprofundar e ver” outros modos de atuar na catequese da Igreja.
“Somos Igreja, estamos inseridos na Igreja universal. Não podemos só olhar para a nossa circunstância, mas alargar o horizonte”, sustentou.
No final de um encontro que “ficou marcado pela fraternidade, reflexão e compromisso com a missão comum da catequese” e que contou com 10 representantes portugueses e 8 espanhóis, incluindo o secretário da Conferência Episcopal Espanhola, a irmã Arminda considerou ser este “uma oportunidade concreta de sinodalidade e cooperação transfronteiriça”.
“Daqui levamos, ainda mais, novas experiências e caminhos diversificados de estar e ser Igreja, que apresentaremos em breve aos responsáveis diocesanos de Portugal”, desenvolveu.
Durante dois dias os catequetas da península Ibérica refletiram sobre o tema «Sinais dos Tempos: Discernimento e Catequese».
A iniciativa foi precedida por momentos de reflexão preparatória nos dois países. Em Portugal, as equipas reuniram-se para elaborar uma síntese com preocupações, intuições e desafios, que foi levada para a partilha conjunta.
“Fica o estímulo a percorrer em conjunto rumo à mesma meta, que é Cristo. Acolhendo Jesus nas realidades concretas e discernindo em conjunto”, acrescentou a irmã Arminda.
O encontro foi vivido como uma experiência de fé, esperança e comunhão, e marca um passo firme na afirmação de uma catequese mais colaborativa, mais preparada e mais próxima das pessoas.