«Que este encontro ajude a renovar a Diocese e a Igreja», D. Armando Esteves Domingues

Angra acolhe a partir de hoje o 62º Encontro Nacional de Catequese (ENC)

«Eu creio, nós cremos: De Niceia ao hoje da Catequese», é o tema que reúne, de hoje a sábado, em Angra do Heroísmo quase oito dezenas de responsáveis da catequese em Portugal.

Em Fátima, onde participa na Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Armando Esteves Domingues, Bispo de Angra, mostra-se esperançado de que esta seja uma oportunidade para “renovar a Diocese e a Igreja”.

“Desejo que este encontro, com todos os secretariados, seja momento de esperança e renovação para a Diocese. Que possa ser como que uma onda se que vai repetindo pelo mar e nos envolva a todos como igreja nacional”, afirma.

Num momento em que o ENC está de volta a Angra, o prelado revela “uma grande alegria” por poder “acolher” a iniciativa.

“Atravessamos a rua, que é este mar, e como bispo receber estes secretariados é pensar na responsabilidade que todos temos de colocar no terreno, nas novas dinâmicas de catequese, com crianças, adolescentes e jovens, que seja capaz de envolver a família e a comunidade. Não há hoje discípulos que não cresçam com outros discípulos”, sustenta.

Na linha do novo Itinerário para a Catequese, D. Armando Esteves Domingues expressa a convicção de que hoje “o catequista já não é o mestre”, mas “juntos podemos ser presença de Cristo”.

“O catequista não é o mestre. Eu, como bispo não sou o mestre. Mas todos, enquanto nos reunimos, como igreja, como povo de Deus, somos a presença de cristo que é esperança de todos”.

O desafio passa por traduzir para o ‘hoje’ o património da fé

Numa ocasião em que a Igreja Católica, um pouco por todo o mundo, assinala os 1700 anos da realização do Concílio de Niceia, de onde é originária a declaração da fé da igreja reconhecida como CREDO, D. António Augusto Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF), afirma que o 62º ENC deve “procurar debruçar-se sobre a grande riqueza da fé, a grande tradição da igreja, para poder responder ao desafio do anúncio e da formação na atualidade”.

Em declarações ao EDUCRIS, e à margem do 23º Encontro Nacional de EMRC para alunos do 1º ciclo, o responsável expressou o desejo de que este encontro seja “ocasião para reforçar a comunhão na Igreja, e naqueles que anunciam o evangelho”, e de “redescoberta da alegria de transmitir a fé, como aconteceu desde a Páscoa de Jesus”.

“O catecismo da Igreja tem como centro o CREDO. Este apresenta a síntese da nossa fé. Somos convidados a redescobri-lo, 1700 anos depois da sua formulação, a lê-lo e a fazer o esforço de o traduzir para as crianças, adolescentes e jovens de hoje”, completa.

Para a irmã Arminda Faustino, coordenadora do Departamento da Catequese no Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), o ENC quer refletir sobre o modo como a fé hoje é verbalizada e transmitida às novas gerações.

“Estamos num momento de renovação da catequese em Portugal. Importa hoje, 1700 anos depois de Niceia, voltar a reavivar a fé e a refletir sobre estas mesmas razões para caminharmos na esperança, na caridade e no amor a Jesus Cristo, que nos une”, completa.

PROGRAMA DO 62º ENCONTRO NACIONAL DE CATEQUESE

Hoje, dia 1 de maio, ao final do dia, o cónego Adriano Borges leva aos participantes o tema «O Concílio de Niceia: Contexto histórico no Oriente e no Ocidente. Antecedentes e consequências».

Amanhã, dia 2 de maio, o dia inicia-se com a conferência «Recitar com fé o Credo é entrar em comunhão com Deus Pai, Filho e Espírito Santo” (CCE 197): o dogma trinitário-cristológico-antropológico», a cargo do padre Pedro Lima.

Ainda no decorrer da manhã o cónego Hélder Fonseca Mendes aprofunda o tema «A afirmação da Fé na catequese: do professado ao vivido». Da parte da tarde os participantes, provenientes de todos os secretariados diocesanos, realizam trabalho em grupo sob o tema «A catequese como «laboratório» de diálogo».

O dia termina com a celebração da Eucaristia, presidida por D. Armando Esteves Domingues, Bispo de Angra, na Sé local.

Educris|01.05.2025



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