Setúbal: Diocese celebra «Jubileu dos Catequistas» com desafios à Catequese

Catequistas peregrinam hoje à Sé de Setúbal num encontro que faz memória e deixa desafios

Os catequistas de Setúbal realizam hoje o «Jubileu dos Catequistas» da Diocese.

O Dia prevê um espaço de «memórias e testemunhos», nos 50 anos da Diocese sadina, uma Peregrinação à Sé e a Eucaristia, pelas 15h30, com presidência do cardeal D. Américo Aguiar, Bispo de Setúbal.

Em entrevista ao site da Diocese de Setúbal a responsável pela “pastoral da catequese” confessa que hoje se vive, de certa forma, “o mesmo entusiasmo de há 50 anos”.

“Lembro-me dos começos desta Diocese. Estávamos a começar e havia muito entusiamo. Hoje, de certo modo, a celebração dos 50 anos, o novo Itinerário, a consciência da necessidade de formação dos agentes faz com muita gente esteja mesmo envolvida e ocupada em percorrer os próprios 50 anos. Está nas nossas mãos fazer algo de novo, torná-la nova todos os dias para a entregarmos a outros”, considera.

menos de um ano como responsável diocesana por este setor da Catequese, Isabel Rosendo percorre os últimos 50 anos da catequese sadina e aponta os grandes desafios para a Igreja de Setúbal.

“Penso que temos tido uma linha de evolução clara e assertiva. Tal como na década de 80 e 90 do século passado, onde tivemos novos catecismos e uma catequese com 10 anos de percurso, hoje é volta a ser essencial formar os catequistas tendo em conta o Novo Diretório e o Novo Itinerário”, revela.

Numa população que “cresceu e diversificou muito nos últimos 50 anos”, a responsável considera que hoje “a catequese conta com menos crianças” de “proveniências muito diversas”.

“Hoje os miúdos são muito diferentes e o processo de descristianização é evidente. Temos um grande desafio que são as crianças estrangeiras que entram”, e que "tornam as nossas comunidades verdadeiras Nações Unidas", sustenta.

Para Isabel Rosendo a grande vantagem “é a mensagem de Nosso Senhor que é universal e dirigida a todos os povos” e o modo como as diferentes comunidades são “lugar de encontro e acolhimento”.

“Temos um grande papel que passa por acolher e estes pais e famílias sentem-se acolhidos na Igreja. Estes são pais muito presentes, ao contrário de muitos portugueses que vêm até nós pelos avós”, desenvolve.

O Novo Itinerário prevê um papel muito mais presentes dos pais e Setúbal conta já com “duas paróquias piloto” a desenvolver “o Tempo do Despertar da Fé”, que desenvolve sessões quinzenais com crianças e pais.

“A ideia do Despertar da Fé é com pais e está a resultar muito bem. Temos, ainda, propostas para catequese de adultos e é uma aposta que necessitamos fazer pois existe um vazio neste domínio e temos de preencher esta lacuna”.

Do trabalho que está a ser desenvolvido na catequese Isabel Rosendo destaca “o entusiasmo que se sente” e a consciência “da necessidade de formação” para uma nova maneira de estar e fazer catequese.

“As pessoas estão a perceber que devemos partir de pequenos núcleos para criar redes na Diocese”, completa.

Educris|09.02.2025



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