Braga: A instituição «é continuidade da missão que assumi», Fátima Castro
Primeira catequista instituída em Portugal deseja continuar “a trabalhar na evangelização” e considera positivo o trabalho da Igreja em “superar barreiras”
Fátima Castro, a primeira catequista instituída em Portugal, considera que é fundamental que a Igreja continue a trabalhar para “superar barreiras”.
“A Igreja deve continuar a trabalhar para superar as barreiras que limitam a plena participação dos fiéis, reconhecendo e valorizando o serviço de todos, independentemente do gênero, da cor ou da raça”, afirma em declarações ao EDUCRIS.
Dias depois da sua instituição a catequista Fátima Castro considera que este momento é de continuidade da missão que assumi há duas décadas”.
“Sinto que é uma continuidade da missão que assumi há mais de duas décadas. Talvez seja pertinente relembrar que a instituição do Ministério de Catequista vem destacar a importância, histórica e contemporânea, da catequese na transmissão da fé cristã”, desenvolve.
Depois de ter estado alguns anos em missão na região de Cabo Delgado, em Moçambique, a também responsável pela catequese da Arquidiocese de Braga lembra que aí “a evangelização é amplamente conduzida (e em alguns países, unicamente) pelos catequistas” e que no nosso país “os catequistas continuam a desempenhar um papel crucial na formação religiosa e na evangelização”.
Num momento em que a arquidiocese Bracarense institui uma leitora, uma acólita e uma catequista Fátima Castro destaca o papel “do Papa Francisco”, que “tem assumido o seu compromisso em promover uma Igreja mais inclusiva e diversificada, reconhecendo a contribuição valiosa das mulheres para a vida e a missão da Igreja”.
Da instituição de três leigas, para outros tantos ministérios, Fátima Castro destaca a "corresponsabilização dos leigos na vida e missão da Igreja" e alegra-se com o "sinal dado pela Arquidiocese de Braga".
“A Arquidiocese de Braga deu um grande sinal, ao instituir leigos – independentemente de serem homens ou mulheres – que estão ao serviço da Igreja, na missão comum que nos une a todos: a evangelização e o serviço ao próximo. Para uma Igreja mais participativa e mais missionária”, afirma.
A instituição de Fátima Castro como catequista é “válida” por cinco anos, como consta no documento Ministérios laicais para uma Igreja ministerial. A catequista deseja “continuar a ser uma catequista missionária” e a “colocar-se ao serviço, em equipa” e “em estreita colaboração com as equipas de catequese arciprestais, com todos os sacerdotes e outros responsáveis da Igreja trilhando um caminho de diálogo, de escuta, de acompanhamento e de discernimento”.
“Acima de tudo, sinto que o Espírito Santo me pede para continuar a viver este serviço com dedicação, amor e humildade, assumindo esta tão bela missão evangelizadora da Igreja: acompanhar os catequistas e catequizandos das nossas comunidades a encontrar caminhos de crescimento na fé que, a todos, nos leve à ‘comunhão e intimidade com Jesus’”, completa.