Beja: Dia Diocesano quer catequistas como «peregrinos da Esperança»

Iniciativa reúne os catequistas para “construir um caminho em conjunto”

«Catequista, peregrino da Esperança» é o tema do Dia Diocesano do Catequista que o Secretariado Diocesano da Catequese (SDEC) organiza a 9 de novembro.

“Depois da pandemia, e com um novo bispo entre nós é tempo de reunir os catequistas e juntos fazermos caminho, abrindo-nos ao diálogo das diferentes sensibilidades como igreja que peregrina nesta planície alentejana”, explica ao EDUCRIS Maria Clara da Gama Castanheira Rodrigues, do SDEC.

A iniciativa tem início pelas 10h00, com “a primeira formação em cuidado dos menores e adultos vulneráveis em contexto de catequese”, para os catequistas.

“Teremos connosco o grupo Cuidar, de Vila Nova de Milfontes, que trabalha diretamente com a Comissão Diocesana da Proteção de Menores e que vai trazer, pela primeira vez, este importante tema aos catequistas”, desenvolve.

 A responsável considera que “a catequese é uma porta de entrada importante na Igreja e na vida das comunidades” e por isso é fundamental “que os nossos catequistas sejam dotados de competências nesta área para poderem prevenir, identificar, acompanhar e denunciar eventuais situações que periguem os menores e adultos vulneráveis”.

Após o almoço os cerca de 80 catequistas de Beja que vão participar dos trabalhos, reúnem-se em pequenos grupos de partilha para analisar a Bula de proclamação do Jubileu de 2025, Spes non confundit, do Papa Francisco.

“Queremos conhecer e aprofundar este e outros textos em que o Papa nos confia a missão de sermos peregrinos da esperança. Será uma oportunidade de escutar, rezar e aprender uns com os outros num verdadeiro exercício de sinodalidade”, aponta Maria Clara da Gama Castanheira Rodrigues.

Nomeado a 21 de março deste ano para a Diocese de Beja, D. Fernando Maio de Paiva marca presença no Dia Diocesano do Catequistas e celebra a eucaristia com os catequistas, pelas 16h00, no seminário diocesano.

Para esta catequista a sua nomeação trouxe “uma nova dinâmica e uma esperança renovada” à Diocese.

“A catequese, com a chegada de D. Fernando, pensa os desafios do presente e futuro com mais esperança. Tivemos anos difíceis e o novo bispo, como sempre acontece na vida, representa esta necessidade de reunir a Diocese, numa dinâmica de maior proximidade uns com os outros”.

Numa Diocese “extensa, isolada e envelhecida”, a catequese conta já “com representantes de todos os arciprestados” e o próximo passo passa “por nos encontrarmos mais e fazermos mais em conjunto”.

“Em Beja temos pequenas comunidades, muitas vezes isoladas, que trabalham bem na sua realidade, mas não se abrem à diversidade do caminho como igreja diocesana. Isto advém, não poucas vezes, do peso que cada localidade coloca nas suas tradições e na maneira como se entende a própria religiosidade”, desenvolve.

No pós-pandemia a catequese diocesana perdeu cerca de uma centena de catequistas e diversos grupos deixaram de se encontrar e fazer caminho.

“Este é outro dos desafios. O voltar a congregar, o formar, o ir até aos locais para despertar. Temos um caminho grande a fazer. D. Fernando já nos deu disso sinais e indicações claras”, concluiu.

Educris|06.11.2024



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