Angra: «Queremos a catequese no centro da vida das comunidades», padre Jacob Vasconcelos

Mais de duas centenas de catequistas realizam o percurso «Ser Catequista», primeira etapa formativa para o setor

O seminário de Angra, na ilha Terceira, acolhe por estes dias o percurso «Ser Catequista». Etapa primeira do novo plano de formação para os catequistas portugueses, a iniciativa conta com cerca de duas centenas de catequistas que em regime intensivo, realizam esta “experiência do encontro com Jesus Cristo”.

“Sentimos, aqui no Serviço Diocesano da Catequese, Evangelização e Missões, a necessidade de relançar a formação neste novo ano catequético. O percurso «Ser Catequista» tinha estado presente apenas em alguns lugares da diocese e era fundamental ajudar os catequistas tomar o pulso a esta nova dinâmica formativa”, explica ao EDUCRIS o padre Jacob Vasconcelos, diretor do SDCEM da Diocese de Angra.

Após completar estudos em Roma o sacerdote, que voltou este ano à Diocese para assumir a direção do SDCEM, considera que “a grande adesão dos catequistas a esta formação” é sinal “do desejo de mais e melhor, em Igreja e na catequese”.

“É um grande sinal de esperança a presença, nestes dias formativos, de cerca de duas centenas de catequistas. Acompanhamo-nos os formadores do Secretariado Nacional da Educação Cristã e isso faz com que sintamos o pulsar do ritmo da catequese em Portugal”, desenvolve.

Numa altura em que a Igreja reconhece já o ministério de catequista, o padre Jacob Vasconcelos alegra-se pelo modo como “a catequese é, em muitos lugares e paróquias da nossa Diocese o centro da comunidade” e considera haver lugares onde é necessário “um novo zelo”.

“A realidade catequética desta grande Diocese de Angra é diversa. Existem lugares onde a catequese é mais vivida e saudável, onde as famílias estão inseridas e a comunidade é, ela mesma, protagonista da catequese, e outros onde talvez estejamos a viver mais relaxados, com menos capacidade de chegar às famílias e agarrá-las nesta dimensão fundamental da formação dos mais novos. Queremos a catequese no centro da vida das comunidades”, reforça.

Ser catequista e não ‘dar catequese’

No início dos trabalhos, na passada segunda-feira, D. Armando Domingues, Bispo de Angra, enviou uma mensagem aos catequistas agradecendo pela “missão e entrega de cada um”.

“Obrigado pela vossa disponibilidade para tão importante serviço às famílias, complementando o seu papel na transmissão da fé aos seus filhos”, afirmou no texto lido no início dos trabalhos.

O prelado apelou a um “trabalho prioritário junto das famílias” pois “não são todas iguais nem estão todas ao mesmo nível de fé”.

“É um erro pensarmos que sim, como é um erro pensar que todas as crianças apreendem tudo da mesma forma, mesmo que façam a primeira comunhão juntos. Muitas fazem ritos antes de serem discípulos de Jesus”, lembrou.

Dando os “parabéns” aos presentes, por darem “prioridade alta à vossa formação”, D. Armando Domingues recordou que o «Ser Catequista» é mais do que “dar catequese” e fez votos para que “esta semana possa ser momento de encontrar na oração e na leitura orante da Palavra de Deus esse alimento diário que seja também formação contínua, percurso em vez de curso”.

“Àqueles meninos e meninas, adolescentes ou jovens de quem sois ‘facilitadores’ do encontro com Cristo, oxalá consigais introduzi-los, com a ajuda do Espírito Santo, num percurso que não parará em nenhuma etapa da catequese sistemática, mas continuará com Cristo, no seio da Igreja, até ao fim da vida”, desejou.

Cerca de duas centenas de catequistas realizam esta formação «Ser Catequista», primeira etapa do novo plano de formação para a Catequese em Portugal.

Imagem: SDCEM

Educris|17.01.2024



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