Igreja/Família: Mensagem para o Dia dos Namorados lembra que «amar é um dom de Deus»
Comissão Episcopal do Laicado e Família lamenta “namoros falsos ou vazios” e reafirma que o amor “não se compra em parte alguma nem se fabrica, pois, “amar é um dom de Deus
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) desafia os namorados a “levar a sério o Amor como o grande dom que Deus a todos concedeu”.
“Amor que faz alargar a morada interior e dá sentido a grandes opções. Amor que vence a solidão cresce, se for verdadeiro e fiel, e inspira aventuras grandes, confiantes e com esperança”, afirma na mensagem publicada por ocasião do Dia dos Namorados.
Na missiva, que recorda a existência “de dias fixos para salientar valores humanos importante para o bem de todos”, a Comissão Episcopal do Laicado e Família lembra que a palavra “namorados tem dentro de si o amor, e o amor é mistério, não se explica, vive-se como um dom e traduz-se por gestos, sinais, atenções e doação de vida”.
“O amor ou existe ou não existe, não se compra em parte alguma nem se fabrica, e pode gerar muito sofrimento quando é correspondido por um falso amor”, desenvolve.
O organismo da CEP alerta para a existência de “namoros falsos ou vazios” marcados pela ausência do “mistério do amor como conteúdo”.
“Há ‘namoros’ que são uma sedução para levar à escravatura, afirmações de poder com objetivos de falsa grandeza pessoal”.
Lamentando o aumento de “uma cultura de violência” os bispos de Portugal denunciam a “contradição inaceitável em alguns jovens namorados” que aceitam “a violência no seu relacionamento como um dado cultural próprio da atualidade”.
“Ao contrário do que se diz popularmente, o Amor não tem de ser cego, necessita de vigilância e sabedoria para traduzir a verdadeira vocação humana”.
Fazendo eco da tradição da Igreja, que afirma o Amor como “vocação fundamental e inata de todo o ser humano”, o organismo da CEP sustenta que “a capacidade de amar é um dom de Deus no coração humano que cresce, amadurece e nos torna sempre mais semelhantes ao Criador”.
“Este dom tem de ser traduzido em ensinamento e sabedoria vigilante para que se torne parte do todo da pessoa humana e não um apêndice”.
Num tempo “marcado pelo domínio da economia e da tecnologia”, a desvalorização do Amor conduz “a um mundo cada vez mais violento, governado por pessoas violentas onde não se reconhece a compaixão pela pessoa humana”.
“Aos namorados de todas as idades fica o desafio de levar a sério o Amor como o grande dom que Deus a todos concedeu. Amor que faz alargar a morada interior e dá sentido a grandes opções. Amor que vence a solidão cresce, se for verdadeiro e fiel, e inspira aventuras grandes, confiantes e com esperança”, completa a mensagem.