CEI/Quito: «A esperança é Eucaristia: caminho para o Jubileu 2025»
O Bispo D. Graziano Borgonovo, na sequência do que já nos tinha dito no dia de ontem recordou-nos que o jubileu amplia o olhar de quem se reconhece peregrino da esperança
No tempo que nos é dado viver não podemos fechar os olhos diante da tragédia da pobreza galopante e de outras necessidades. A responsabilidade pela evangelização exige que escutemos as necessidades do mundo contemporâneo.
Não podemos descuidar ao longo do caminho a contemplação da beleza, toda ela sinónimo de Deus e no milagre da ressurreição é verdadeira novidade cristã. A via da beleza é caminho para desenvolver a esperança.
A consequência da fé na ressurreição de Jesus e o conteúdo da esperança cristã é a vida eterna. Quase ninguém pensa na esperança de maneira efetiva. A fé é o fundamento das coisas que se esperam (Hb 11, 1) e a esperança cristã não defrauda porque tem as suas raízes no amor (Rm 5,5).
Parece que o homem dispõe do presente mas não pode fazer o mesmo com o futuro.
Como Abraão vivemos firmes na esperança contra toda a esperança. Que o jubileu seja para todos ocasião de reavivar a esperança porque é um convite a olharmos de frente a evangelização. Não podemos passar por alto o conceito de evangelização.
O jubileu é uma oportunidade para evidenciarmos os sinais de esperança, como diz o Santo Padre: paz, transmissão da vida, presos, jovens, velhos, doentes, refugiados, imigrantes e pobres. Como oportunidade de graca e renovação, o jubileu ensina-nos que: “perdoar não muda o passado, não pode modificar o que já aconteceu; no entanto, o perdão pode-nos permitir mudar o futuro e viver de forma diferente, sem rancor, ódio e vingança. O futuro iluminado pelo perdão permite ler o passado com olhos diversos, mais serenos, mesmo que ainda banhados de lágrimas”. (Papa Francisco, Spes non confundit, 23)
Padre Pedro ManuelDelegado Diocesano do Algarve ao Congresso Eucarístico Internacional/Quito