Hoje assinala-se o «Dia em Memória das Vítimas da Violência Baseada na Religião ou Crença»

Data celebra-se hoje graças ao trabalho de Ewelina Ochab, polaca e advogada defensora dos direitos humanos

As atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico no Iraque, em 2014, deram origem, cinco anos mais tarde, ao Dia Internacional em Memória das Vítimas da Violência Baseada na Religião ou Crença, estabelecido pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Corria o ano de 2017 quando Ewelina Ochab participou numa conferência internacional organizada pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), realizada em Roma, sobre a reconstrução da Planície de Nínive após a destruição de aldeias cristãs pelo Estado Islâmico durante a ocupação de grande parte do Iraque.

Inspirada pelos testemunhos escutados e estimulada pelas contínuas atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico contra minorias religiosas a advogada polaca tomou a iniciativa de chamar a atenção para as violações da liberdade religiosa e apelou à ação da comunidade internacional.

“Redigi a proposta de resolução e comecei a contactar os Estados para que a apoiassem e a concretizassem”, recorda em declarações à Fundação AIS.

Através de uma “investigação exaustiva” e a posterior “recolha de apoios junto dos membros da ONU”, Ewelina Ochab, com o apoio da fundação pontifícia foi abordando “os Estados e os políticos, e tentando criar um consenso sobre a necessidade desta resolução”.

A proposta de resolução acabou por ser apresentada à Assembleia Geral das Nações Unidas pela Polónia, o país natal de Ewelina Ochab. Com o apoio de mais de 80 países, os Estados-membros da Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceram a necessidade urgente de se concentrarem mais na questão da violência baseada na religião ou crença e foi instituído o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Violência Baseada na Religião ou Crença, a 22 de agosto de 2019.

Ewelina Ochab observa que, ao estabelecer a data comemorativa, a Assembleia Geral da ONU reconheceu a dor e o sofrimento das vítimas de violência devido à sua religião ou crença: “deixaram de ser vítimas/sobreviventes invisíveis. Este dia pertence a todas as vítimas/sobreviventes da violência baseada na religião ou crença – passadas, presentes e futuras. Este dia deve encorajá-las e fortalecê-las para que sejam agentes de mudança”, completa.

Imagem: AIS

Educris com Fundação AIS

22.08.2024



Newsletter Educris

Receba as nossas novidades