Terramoto: Fundação católica lança campanha de emergência para ajudar vítimas
Dez dias depois do brutal terramoto que atingiu uma vasta região no sul da Turquia e no nordeste da Síria na madrugada de segunda-feira, dia 6, foram já contabilizados em ambos os países mais de 41 mil mortos
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) fez chegar uma carta-apelo a casa de milhares de portugueses, e iniciou a campanha "SOS Síria", para dar resposta a uma situação "catastrófica" numa região "controlada por forças rebeldes" e onde o apoio humanitário tem tido dificuldade em chegar.
"A situação no terreno é catastrófica, mas particularmente grave na Síria, pois o sismo atingiu uma área relativamente grande que é ainda controlada por forças rebeldes que se opõem ao regime de Basar al-Assad"
A fundação católica aponta a gritante "falta de recursos e a dificuldade de acesso aos locais" como causa para a castátrofe a que se assiste e distonibilizou "uma ajuda de emergência no valor de meio milhão de euros" para fazer face "à falta de meios de socorro"
Na carta-apelo enviada aos benfeitores e a milhares de famílias em Portugal a AIS pede "ajuda imediata" que permita "ás famílias locais reiniciarem as suas vida e alimentarem a fé neste momento terrível".
"Este sismo está a levar a Síria para o abismo. Sobreviver era já uma tarefa difícil, mas agora ficou tudo pior. Podem contar consigo?", pergunta a directora da Fundação AIS na carta que está a chegar a casa de milhares de portugueses.
Campanhas de Solidariedade reforçadas
A responsável explica que a Fundação AIS está a reforçar ainda mais as diversas campanhas de solidariedade que já estavam no terreno, e que outras foram entretanto lançadas para se dar a resposta possível às necessidades concretas que as famílias enfrentam agora.
“Todos os projetos que a Fundação AIS já desenvolvia na Síria ganham agora uma importância ainda maior. São os cabazes alimentares, as roupas quentes, os cobertores, o leite para as crianças, a ajuda aos idosos e o auxílio médico… Tudo isto continua a ser essencial e urgente, mas, neste momento, o apelo que nos fazem é para ajudar na reconstrução das casas que não ruíram, mas que sofreram danos estruturais. As famílias precisam de voltar a ter um tecto”, aponta dando conta de que na cidade de Alepo, uma das mais atingidas, vai ser preciso reparar "mais de 600 casas".