Na apresentação à imprensa Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano denunciou que “a liberdade religiosa está fora do alcance para muitas pessoas ao redor do mundo, o direito à liberdade religiosa está fora do alcance".
O relatório dá conta de que em “56 países do mundo existem restrições severas ou graves” a este direito fundamental o que “representa grande parte da população mundial”.
O documento, produzido pelo Governo dos Estados Unidos, com a colaboração de centenas de diplomatas em todo o mundo, analisa o estado da liberdade religiosa em quase 200 países e territórios durante todo o ano de 2020.
Antony Blinken lembrou que a liberdade religiosa é universal, e "não importa no que as pessoas acreditam ou não acreditam”, pois tem de ser defendida no quadro dos direitos humanos.
"Quando os Governos violam o direito de acreditar e venerar a religião livremente, põem em causa os outros direitos humanos”, que considerou “a liberdade religiosa” como “um elemento chave para uma sociedade aberta e estável”.
Já Daniel Nadel, diretor do Escritório para a Liberdade Religiosa Internacional do Departamento de Estado norte-americano, considerou que os desafios à liberdade religiosa “estruturais, sistémicos e profundamente enraizados”, e encorajou os governos a investirem em "educação e programas focados na juventude" para promover pluralidade, consultando “as comunidades e líderes religiosos dos seus países e envolvendo-os nas decisões sobre leis e politicas”.
O responsável americano deixou bem claro que para os Estados Unidos da América a liberdade religiosa é “um imperativo moral” e que a América pretende “liderar a liberdade religiosa em todo o mundo para proteger os direitos da Carta de Direitos Humanos e partilhar experiências com outros, dando contributos para a paz e estabilidade de outros países”.