Jubileu 2025: «Pequenos gestos de serviço fazem florescer uma nova humanidade», afirma o Papa
Francisco escreveu a homilia do «Jubileu do Voluntariado» lida hoje, na eucaristia presidida no Vaticano pelo cardeal Michael Czerny
O Papa Francisco, hospitalizado há quase um mês, lembrou hoje a importância dos "pequenos gestos de serviço gratuito nos desertos da pobreza e da solidão".
"Tantos pequenos gestos de serviço gratuito fazem florescer rebentos de uma nova humanidade: aquele jardim que Deus sonhou e continua a sonhar para todos nós", escreveu na homilia lida pelo cardeal Michael Czerny por ocasião do Jubileu do Voluntariado que reuniu milhares de fiéis na praça de São Pedro, no Vaticano.
No início da Quaresma o santo padre convidou os crentes a refletir sobre as "tentações" e as suas consequências na vida de cada pessoa a partir das “próprias tentações de Jesus”.
"Acabando de entrar nos quarenta dias de Quaresma, reflitamos sobre a certeza de que também nós somos tentados, mas não estamos sós: connosco está Jesus, que nos abre o caminho através do deserto. O Filho de Deus feito homem não se limita a oferecer-nos um modelo na luta contra o mal. É muito mais do que isso: dá-nos a força para resistir às suas investidas e perseverar no caminho”.
Pela voz do cardeal Michael Czerny Francisco condenou o modo como o “diabo” é capaz de sussurrar ao ouvido do crente “que Deus não é verdadeiramente o nosso Pai, e que, na realidade, nos abandonou” para convencer a humanidade “de que para os famintos não há pão, muito menos proveniente das pedras, nem na desgraça os anjos vêm em nosso auxílio”.
“Quando muito, o mundo está nas mãos de forças malignas, que esmagam os povos com a arrogância dos seus planos e a violência da guerra”, denunciou.
No final da sua homilia o Papa escreve que ao mantermo-nos junto a Jesus no deserto é Ele mesmo que nos abre “novo caminho de libertação e redenção. Seguindo o Senhor com fé, de errantes passamos a peregrinos”.