Papa pede aos jovens para ajudarem a que o mediterrâneo deixe de ser «um cemitério»

Francisco dirigiu hoje uma vídeo-mensagem onde pede aos jovens do Mediterrâneo que ajudem a região a “recuperar a sua expressão de fraternidade e de paz” para deixar de ser “um cemitério”

O Papa pediu hoje aos jovens, reunidos em Tirana, Albânia, para mais uma edição do MED24, que ajudem região do mare Nostrum a “recuperar a sua expressão de fraternidade e de paz” e a deixar de ser “um cemitério”.

“Desejo que sejais peregrinos incansáveis da esperança e a seguirdes os sinais de Deus, para que o espaço mediterrânico recupere a sua melhor característica: a expressão da fraternidade e da paz, e não possa mais ser um cemitério”, afirmou numa vídeo-mensagem aos jovens que participam neste encontro de jovens do Mediterrâneo.

Dirigindo-se os cinquenta jovens que participam do encontro dinamizado pela Igreja Católica em colaboração com vários atores mediterrânicos, como Mar Yam, a iniciativa deseja ser espaço de reflexão e ação de modo a “enfrentar os desafios e oportunidades presentes na região do Mediterrâneo”.

“Estas reuniões centram-se em temas como a paz, o diálogo inter-religioso e cultural, a dignidade humana e a migração”, lê-se no comunicado enviado hoje ao EDUCRIS.

Sob o tema «Peregrinos de esperança, construtores de paz», o encontro realiza-se até ao próximo sábado, dia 21 de setembro. Nesta manhã os participantes acolheram a vídeo-mensagem de Francisco na qual o Papa recorda a sua visita, há dez anos, ao território albanês.

“Como disse naquela ocasião aos jovens: ‘Vós sois a nova geração da Albânia”, quero agora acrescentar, para vós, queridos jovens que vêm das cinco margens do Mar Mediterrâneo, vós, a nova geração, sois o futuro da região do Mediterrâneo”, declarou.

O Papa lembrou que “a paz precisa de ser construída” e que Deus “ama todos os seres humanos”.

“Para ele não há diferenças entre nós. A fraternidade entre as cinco margens do Mediterrâneo que estais a estabelecer é a resposta – é realmente uma resposta! –, a melhor resposta que podemos oferecer aos conflitos e às indiferenças mortais”, enfatizou Francisco.

Na abertura do encontro, realizado na manhã de ontem, D. Arjan Dodaj, F.d.C, Bispo de Tirana, deu as boas-vindas aos 50 jovens participantes no «MED 24» Tirana e desejou que o encontro seja um laboratório de paz.

“Queridos jovens, o nosso desejo é que possam viver a Albânia como um lugar daquele laboratório de paz que surge como uma peculiaridade da vossa experiência inter-religiosa”.

O prelado lembrou Tirana como “um lugar facilitador de um intercâmbio enriquecedor entre culturas” ao longo da história.

“Sempre, na sua história, a nossa terra foi, por um lado, um lugar de intersecção e de passagem, e o que significa ser uma ‘porta’ senão aquela por que se passa? De outro modo não é ela sempre um lugar onde se encontra acolhimento? Os percursos são diferentes, mas a porta une-os a todos sem os homologar”, declarou.

Durante uma semana, 50 jovens de diversas culturas, credos e realidades das cinco margens do Mediterrâneo reúnem-se o com uma agenda baseada no diálogo, visitas culturais, momentos de oração e meditação. Os mais novos vão aprofundar questões cruciais como a paz, migração e dignidade humana.

Educris|17.09.2024



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