Igreja Católica realiza «Dia de oração e jejum» pela paz
Pedido do Papa Francisco ocorreu no final audiência-geral da semana passada, no início de nova guerra no médio Oriente
Foi a 18 de outubro passado que o Papa convocou os cristãos para um “dia de oração e jejum pela paz no mundo”, com destaque para a Ucrânia e a Terra Santa.
"Decidi convocar para sexta-feira, 27 de outubro, um dia de jejum, oração e de penitência, para a qual convido a unirem-se na forma como acharem oportuno as irmãs e irmãos das várias confissões cristãs, e também aqueles que pertencem a outras religiões e aqueles que têm no coração a causa da paz no mundo”, afirmou na ocasião.
Recordando que foi a 27 de outubro de 1986 que o então Papa João Paulo II promoveu o encontro de Assis pela paz, com os líderes de várias outras confissões religiosas, o papa argentino pediu a adesão dos fiéis a esta jornada de oração e jejum.
“Naquela tarde, às 18h00, na praça de São Pedro, viveremos em espírito de penitência uma hora de oração para implorar a paz para os nossos dias, para implorar a paz neste mundo”, disse.
“O meu pensamento vai para a Palestina e Israel […] A situação em Gaza é desesperada” e deve “ser feito o possível para evitar uma catástrofe humanitária”.
“Inquieta o possível alargamento do conflito quando no mundo já estão abertas tantas frentes bélicas”, lamentou Francisco que pediu “que se calem as armas e que se escute o grito de paz dos povos e das crianças”.
Conferência Episcopal convoca cristãos portugueses e junta-se ao Papa Francisco
Em Portugal a Conferência Episcopal Portuguesa emitiu uma nota onde se associa a este pedido do Papa Francisco.
“A Conferência Episcopal, em plena sintonia com a convocação do Papa Francisco, convida todos os cristãos, famílias, paróquias, comunidades religiosas, dioceses e outras instituições eclesiais, a viverem este dia 27 de outubro como um dia de jejum e de oração pela paz, segundo as modalidades mais convenientes”, afirma a missiva.
Os bispos portugueses lembram a mensagem do Papa que convoca os cristãos “a gritar e a lutar pela paz: Que se ouça o grito de paz dos povos, das pessoas, das crianças! Irmãos e irmãs, a guerra não resolve nenhum problema, apenas semeia a morte e a destruição, aumenta o ódio e multiplica a vingança. A guerra anula o futuro. Exorto os crentes a estarem só de uma parte neste conflito: a da paz; mas não com palavras, com a oração, com a dedicação total”, completa.