Vaticano: Papa pede «oração especial» por Bento XVI que «está muito doente»
Matteo Bruni deu conta, no final da audiência-geral desta quarta-feira, do agravamento do estado de saúde do Papa emérito
O Papa Francisco pediu hoje aos fiéis uma “oração especial” pelo Papa Bento XVI.
“Gostaria de pedir a todos uma oração especial pelo Papa emérito, Bento XVI, que no silêncio sustenta a Igreja. Recordemo-lo, está muito doente, pedindo ao Senhor que o console e o ampare neste testemunho de amor à Igreja até ao fim”.
No final da audiência-geral, e respondendo às questões dos jornalistas presentes na Aula Paulo VI, no Vaticano, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, esclareceu que “nas últimas horas houve um agravamento do estado de saúde do Papa emérito devido ao avanço da idade”.
O responsável deu conta de que “a situação sob controle, constantemente monitorada pelos médicos”.
Joseph Ratzinger nasceu em Marktl am Inn, na Alemanha, no dia 16 de abril de 1927. Durante a II Guerra Mundial esteve, como militar, nos serviços auxiliares antiaéreos do regime nazi. Foi ordenado padre a 29 de junho de 1951 e doutorou-se em teologia defendendo a tese sobre «Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho».
Participou no Concílio Vaticano II (1062-1065) como consultor do cardeal Joseph Frings, arcebispo de Colónia. Paulo VI nomeou-o arcebispo de Munique e Frisinga a 25 de março de 1977.
Em 1978, participou no Conclave, celebrado de 25 a 26 de agosto, que elegeu João Paulo I; este nomeou-o seu enviado especial ao III Congresso Mariológico Internacional que teve lugar em Guaiaquil (Equador) de 16 a 24 de setembro; no mês de outubro desse mesmo ano, participou também no Conclave que elegeu João Paulo II.
O mesmo Papa chamou-o para Roma em 1981 para ocupar o cargo de prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e presidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Comissão Teológica Internacional.
É eleito Papa a 19 de abril de 2005. A 11 de fevereiro de 2013, abruptamente, anunciou a sua resignação ao cargo, decisão inédita nos últimos 600 anos da Igreja (A última resignação aconteceu em 1415, com o Papa Gregório XII).