Francisco apela ao fim das guerras e pede «corredores humanitários» para os mais frágeis
Papa lembrou conflitos em todo o mundo e renovou convite ao dia de oração e jejum, agendado para a próxima quarta-feira
O Papa Francisco apelou hoje ao calar das armas, ao mesmo tempo de criticou os que fazem a guerra.
“Nestes dias temos sido perturbados por algo trágico: a guerra. Quem faz a guerra esquece a humanidade”, afirmou.
No final da oração do Ângelus, onde participaram centenas de fiéis de todo o mundo, muitos com bandeiras da Ucrânia, o Papa fez questão de lembrar que a guerra “não parte do povo, não olha para a vida concreta das pessoas, mas coloca diante de tudo interesses de parte e de poder”, disse.
Para o Papa a lógica da guerra parte de uma visão “diabólica e perversa das armas”, que permanece “distante da vontade de Deus” e “se distancia das pessoas comuns, que desejam a paz”.
“Em cada conflito - pessoas comuns - são as verdadeiras vítimas, que pagam as loucuras da guerra com a própria pele”, lamentou.
Num apelo a “que se calem as armas”, o papa lembrou conflitos na Síria, Etiópia e Iêmen e afirmou que “Deus está com os construtores de paz, não com aqueles que usam a violência”.
No final da sua intervenção Francisco apelou a que se abram “corredores humanitários” para “os idosos, as crianças, e as pessoas que procuram refúgio”, porque são “irmãos que buscam refúgio nesta hora”.
Na passa quarta-feira, e no final da audiência-geral, o Papa havia convocado para a próxima Quarta-Feira de Cinzas, um “dia de Jejum e oração pela paz”.