Educação: Ensino católico deve «ensinar gramática do Diálogo»
Simpósio promovido pelo Comité Europeu para o Ensino Católico (CEEC) arranca hoje em Bruxelas
«A Escola Católica e os desafios inter-religiosos e interculturais» é o tema do Simpósio internacional que Bruxelas acolhe entre hoje, dia 14, e amanhã, 15 de março.
A iniciativa, que reúne cerca de 150 participantes das Escolas católicas de toda a Europa, pretende “analisar as profundas mudanças nas sociedades europeias” para “aprender a conjugar na atualidade o “enraizamento próprio de uma matriz católica” com “uma abertura a novas sensibilidades e valores”, afirmou, ao início desta manhã, Guy Selderslagh, secretário- geral da CEEC:
“As sociedades europeias estão marcadas por profundas mudanças. A liberdade de circulação, a globalização da economia, os fenómenos migratórios, diversificaram as sociedades nos países europeus e trouxeram desafios que fizeram alterar a população da escola católica”.
Aos participantes, e na sessão inaugural, o responsável deu conta do “esforço da CEEC em conhecer as diferentes situações, país por país, e identificar os atores que desenvolveram reflexões e práticas a ter em conta”:
“O Simpósio permitirá, a partir de testemunhos dos 4 cantos do território europeu, conhecer melhor os fenómenos de diversificação do público da escola católica e iluminar as práticas e novas abordagens por eles gerados”.
Para Guy Selderslagh é vital que as escolas católicas ensinem aos seus alunos “a gramática do diálogo” proposta pelo papa Francisco em 2017 e que consiste em «promover o encontro, a estima e o enriquecimento da identidade pessoal e cultural» (Discurso do Papa Francisco à Assembleia da Congregação para a Educação Católica, 9 de fevereiro de 2017).
Ao longo do dia de hoje os participantes vão escutar os testemunhos e as experiências dos casos Belga e austríacos trazidos à análise por Cristine Mann e Myriam Gesché.
Na Europa existem mais de 35 mil instituições de ensino católico que acolhem cerca de 8.5 milhões de estudantes.