«Vamos criar uma proposta para a catequese de adultos», D. António Augusto Azevedo
Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) faz balanço “positivo” do quatro encontro de Comissões Episcopais do sul da Europa
A Diocese de Cádis, no sul de Espanha, foi o ponto de encontro do 4º Encontro das Comissões Episcopais da Catequese de Espanha, Itália, Malta e Portugal.
“Estes encontros são importantes na medida em que aproximam pessoas, permitem troca de experiências, e são testemunho da Igreja na sua diversidade”, explica ao EDUCRIS, D António Augusto Azevedo, presidente da CEECDF.
Os três dias de trabalho, de 17 a 19 de março, ficaram marcados pela reflexão sobre o “ministério do Catequista” e sobre o “o catecumenado de adultos”.
“Apesar de virmos de igrejas particulares distintas, com as suas particularidades, a cultura do mediterrâneo apresenta aspetos comuns e estes dias permitiram-nos apercebermo-nos de algumas propostas e inquietações comuns que vão fazendo caminho”.
Na reunião, e de Portugal, participaram D. António Moiteiro, vogal da CEECDF, Fernando Moita, secretário da CEECDF e diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) e a irmã Arminda Faustino, coordenadora do Departamento da Catequese no SNEC.
Pela quarta vez o encontro permitiu aprofundar a consciência de uma “sinodalidade em caminho”, capaz da “escuta comum, e da aprendizagem mutua”, reforça o responsável.
“Estes encontros permitem também perceber um pouco o horizonte histórico que cada país foi tendo na aplicação do Concilio e perceber como cada país responde a questões novas”, aponta.
Num momento em que a igreja em Portugal, e por toda a Europa, se depara com uma menor taxa de batismos de crianças, e de um grande incremento no número de pessoas adultos, muitas delas migrantes, que pedem a iniciação cristã, D. António Augusto Azevedo considera ser tempo de “organizar um catecumenado de adultos”.
“Temos países europeus com boas experiências e já com propostas organizadas. AS nossas dioceses já oferecem algumas organizadas e esta é uma matéria que nos deve preocupar. Esta Comissão vai fazer este trabalho e preparar uma proposta para estes adultos”, garante.
“Temos tido muitas ações de formação e claro esforço, por parte de todos os agentes, pela boa receção e aplicação deste novo Itinerário. Precisamos de mais tempo para que se vá embrenhando em todos este fundo catecumenal que o Itinerário propõe. Ainda temos caminho a fazer na sensibilização e na própria renovação quer dos catequistas, quer do modo como chegamos às famílias e às comunidades cristãs”, desenvolve.
No final dos trabalhos o presidente da CEECDF deu conta de que o desafio da igreja portuguesa é “o mesmo de sempre” e mostrou-se convicto de que "o ministério do catequista" valoriza a missão.
“No fundo o desafio é sempre este. Questionarmo-nos sobre o modo como a Igreja hoje deve continuar a ser a mãe que gera filhos, para a vida da fé, e como os acompanha. É um desígnio que este Itinerário procura renovar”, completa.