Tiago Freitas escrevia, a 20 de outubro de 2010, no segundo artigo do site: “Escuta. Ouve. São verbos imperativos, é certo, mas não ferem a nossa liberdade, não nos obrigam. Bem pelo contrário, refletem um imperativo que nos é inapto, isto é, a necessidade de criarmos um lugar de encontro entre a palavra que não adquiriu um rosto e um rosto que tantas vezes necessita de palavras. Não são também gestos passivos. Escutar, ouvir, é um trabalho árduo, desafiante. Escutar é também um ato de fé, qualquer que seja o assunto: gestos banais do quotidiano, preferências, até coisas mais sérias como opções de vida ou Deus. Escutar é, portanto, um gesto sensato, justo, da nossa parte. E então quando escutamos os outros ou o “Outro” dentro de nós torna-se mesmo libertador. É que escutar permanentemente a nós mesmos rapidamente nos aprisiona em certezas que mais não são que extrapolações das nossas debilidades e inseguran&cc...