«A Catequese é para todos, não apenas para os mais novos», irmã Arminda Faustino

Em plena Semana Nacional da Educação Cristã a coordenadora da Catequese, no Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), reflete sobre o lugar da catequese na Igreja em Portugal

A irmã Arminda Faustino, recentemente nomeada coordenadora do departamento de Catequese no SNEC, afirmou hoje que o primeiro catequista é a própria “comunidade” e que se deve caminhar “para uma integração do ato catequético na vida da comunidade cristã”, na consciência “de que todos são importantes”.

“A grande catequista é a própria comunidade. Sabemo-lo da nossa experiência pessoal. Quantas vezes assistimos a isso, através do testemunho, por vezes sem muitas palavras. Cada um é importante como ‘pedra vida’ no crescer da fé dos outros irmãos. Em comunidade podemos recomeçar, com maior vigor, e renovar o nosso compromisso cristão”, afirmou ao jornalista Henrique Matos no programa Ecclesia, emitido hoje, na RTP2.

A religiosa deu conta “do longo caminho que já se percorreu no setor, “desde a ideia de que ir à catequese era ir à doutrina” até à presença, cada vez mais efetiva, dos “pais, da comunidade e dos adultos de referência neste caminho de descoberta e encontro com Jesus Cristo”.

“Este é um desafio que nunca está concluído. Precisamos de continuar a aprofundar o Diretório para a Catequese e a fazermos caminho em conjunto, pois a catequese deve ser comunhão”.

Numa época de profunda mudança sociocultural a responsável pela catequese no SNEC deu conta da “mudança de perfil” dos agentes catequéticos.

“Os catequistas são chamados a ser fermento da comunidade e sinal de sinodalidade. Não se trata de um simples ‘preparar a catequese’, mas de um dinamismo que vai acompanhando o crescimento de outros. De se fazer próximo e presente.  Não se prepara uma catequese num par de horas, mas é antes uma tarefa que envolve toda a pessoa e a comunidade”, sustentou.

Apontando a Semana Nacional da Educação Cristã como “uma oportunidade de tomar consciência do contributo de cada um nas comunidades cristãs”, a religiosa disse alegrar-se por ver “o caminho que temos vindo a trilhar no sentido de uma catequese para todos”.

“A Catequese não é apenas para os mais novos, mas para todos. Felizmente caminha-se nessa perspetiva. Assistimos a um ressurgimento da Catequese de adultos. A própria formação dos catequistas está em mudança com a implementação do ‘itinerário Ser catequista’ para que possamos viver melhor o caminho rumo à santidade”, concluiu.

Educris|18.10.2021



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