Educação: Levar à escola «uma nova maneira de viver», desafia D. António Couto

Bispo diocesano lembrou importância de uma “narrativa com sentido” que torne presente “Deus como aquele que sempre nos surpreende”

D. António Couto, bispo da Diocese de Lamego, pediu aos professores da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) que “criem laços novos” capazes de “transmitir a novidade de que somos portadores”.

“A vossa missão é muito importante. Levar a novidade de uma nova forma de conceber, dizer que há um Deus. Hoje parece que Deus é o grande ausente deste mundo e nós temos de dizer que este é o planeta feito para mim”, apontou D. António Couto, durante a sessão de formação inicial para docentes de EMRC que o Seminário Maior de Lamego acolheu no passado sábado.

D. António Couto lembrou que é fundamental ensinar que “o mundo não é fruto do acaso” e que há “um alguém, a quem chamamos Deus, que nos acompanha. Isto é novo e pode levar às pessoas um novo sentido para as suas existências”.

O prelado desafiou os professores a “levarem uma nova conceção da vida aos mais novos” de modo a “que o undo se possa adaptar a esta visão”.

“A vossa presença na cultura é fundamental. Não percais a oportunidade de ser lugar de testemunho desta nova maneira de viver junto daqueles a quem ensinais”, completou.

Um desafio a ser «Marca» na Escola

No início de novo ano escolar peculiar, e numa diocese com vinte e três professores de EMRC, o padre Victor Silva, novo responsável pela disciplina na diocese, considera que grande desafio dos docentes passa por “serem marca” na vida dos alunos e das comunidades escolares.

“Temos de ter a capacidade de ser criativos, em tempo de ‘distanciamento social’ de modo a sermos uma marca na escola e na vida dos nossos alunos”.

Para o responsável “a disciplina vive muito das atividades que se realizam nas escolas, nas dinâmicas que criamos com os alunos e até nos afetos que geramos com cada um deles” e torna-se urgente “o uso das plataformas digitais e das novas tecnologias” para “lutar contra uma cultura que parece distanciar a disciplina da escola”.

Em início de “missão” como responsável diocesano pela EMRC o padre Victor Silva faz votos que os docentes “sejam fermento na escola” e que sejam capazes de ir além “das preocupações legitimas dos horários e das colocações” para poderem “preocupar-se com os alunos e com o que ‘semeiam’ na escola”.

 “A EMRC não é apenas de um docente, mas de todos os docentes de EMRC. Levar a disciplina de EMRC às escolas que ainda não têm horário de primeiro ciclo e fazer dela um lugar de partilha e aprendizagem que vai para lá dos simples conteúdos”, é outra das prioridades para a diocese, neste ano escolar, afirmou ao EDUCRIS.

Educris|22.09.2020



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